Opinião pública online não está com Lula, diz consultoria
Menções ao ex-presidente Lula são majoritariamente negativas, mostrando que defesa e partidários não conseguiram mudar a opinião pública online
Victor Caputo
Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 17h02.
Última atualização em 24 de janeiro de 2018 às 17h03.
São Paulo – O comportamento dos brasileiros nas redes sociais hoje mostra que a opinião pública online não está ao lado do ex-presidente Lula.
Dados disponibilizados pela consultoria de dados digitais Bites mostram que predominam reações negativas sobre o assunto. Foram analisadas publicações no Twitter e suas hashtags, divididas entre positivas, negativas e neutras.
O compartilhamento dos termos negativos, como #lulanacadeia ou #molusconacadeia, atingiu contagem de 156 mil compartilhamentos até as 15 horas (horário de Brasília).
Por outro lado, hashtags positivas, como #cadêaprova e #eleicaosemlulaéfraude, atingiram 55 mil compartilhamentos.
A Bites ainda encontrou termos neutros, como #lula e #trf4. Mensagens contendo esses termos chegaram a 83 mil posts do Twitter. É importante lembrar que elas podem ser usadas em contexto negativo e positivo.
A leitura da consultoria é que o PT e partidários do ex-presidente Lula não estão conseguindo trazer a opinião pública para seu lado.
Políticos também estão bastante ativos, diz a Bites. A consultoria afirma que a bancada mais ativa, entre senadores e deputados, quanto a esse assunto é a do PT, como não poderia deixar de ser.
O assunto quase monopolizou as publicações dos membros das duas casas. Na Câmara, 84% das publicações eram sobre Lula, no Senado, a taxa foi de 92%.
Notícias
A Bites olhou também as notícias mais compartilhadas no país hoje, no Twitter, Facebook e LinkedIn .
Entre os 300 últimos textos publicados nas últimas 12 horas no Brasil, um terço (100) trata do julgamento de Lula. Esses textos foram compartilhados 342 mil vezes, representando 36% dos compartilhamentos.
Os dois mais compartilhados são sobre o mesmo assunto: o voto do relator, o desembargador federal desembargador federal João Pedro Gebran Neto, que chancelou a sentença de Sérgio Moro e pediu aumento na pena de Lula.
A Bites, mais uma vez, reforça o caráter negativo para Lula dos compartilhamentos.