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ONG envia "drone do aborto" a países onde a prática é ilegal

O primeiro país a receber comprimidos de e mifepristona e misoprostol por meio de drones será a Polônia


	De acordo com a Women on Waves, o drone irá decolar na Alemanhã às 11h locais neste sábado
 (Getty Images)

De acordo com a Women on Waves, o drone irá decolar na Alemanhã às 11h locais neste sábado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 18h51.

São Paulo - A ONG pró-aborto Women on Waves anunciou que vai começar a enviar comprimidos de mifepristona e misoprostol por meio de drones.

Desde 1999, a organização holandesa chefiada pela médica Rebecca Gomperts utiliza navios para levar mulheres de países onde o aborto é crime para águas internacionais, onde é possível realizar o aborto medicamentoso de forma legal.

Agora, a estratégia é chegar a essas mulheres pelo ar. O primeiro país a receber comprimidos será a Polônia.

De acordo com a Women on Waves, o drone irá decolar na Alemanhã às 11h locais neste sábado (27). O destino exato do drone será anunciado somente na sexta.

O misoprostol e a mifepristona são medicamentos amplamente estudados e considerados bastante seguros, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde.

O risco de morte devido a um aborto medicamentoso com estas duas substâncias gira em torno de 1 a cada 100.000 abortos. É o mesmo risco de morrer de um aborto espontâneo (que atinge cerca de 15 a cada 100 gestantes).

Para se ter uma ideia, as chances de se morrer tomando Viagra são cinco vezes maiores do que tomando misoprostol, por exemplo.

Realidade

O aborto legal e seguro é uma realidade em quase toda a Europa. Além da Polônia, somente dois países europeus - Malta e Irlanda - ainda criminalizam a prática, a despeito das recomendações da Organização Mundial da Saúde.

"Em países onde o aborto induzido é altamente restringido, o abortamento seguro frequentemente se torna privilégio dos ricos, enquanto as mulheres pobres têm pouca alternativa senão recorrer a práticas inseguras, causando mortes e consequências que se tornam responsabilidade do sistema público de saúde", diz o relatório técnico da OMS a respeito do problema.

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