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OMS pede apoio político de dirigentes africanos contra ebola

A OMS e 11 países africanos debateram durante dois dias em Acra como combater o surto de ebola que assola a África Ocidental

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2014 às 16h16.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e os países do oeste africano pediram nesta quinta-feira à Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao) apoio político e diplomático para combater a epidemia de ebola que atinge a região.

A OMS e 11 países africanos debateram durante dois dias em Acra como combater o surto de ebola que assola a África Ocidental, o mais grave já visto, que infectou até agora mais de 760 pessoas, das quais cerca de 470 morreram.

A crise de saúde também será debatida na próxima cúpula da Cedeao, que também acontecerá na capital de Gana entre os dias 10 e 11 deste mês.

A reunião de emergência que terminou hoje em Acra ressaltou a necessidade de uma liderança dos chefes de estado e do governo da região para combater a epidemia, e do papel desempenhado pela Cedeao, considerada "essencial para dar apoio político e diplomático", como indicou o comunicado divulgado com as conclusões da cúpula.

Os ministros concordaram em reforçar a cooperação para acelerar a resposta à epidemia e eliminar obstáculos como a falta de comunicação, de colaboração, de recursos financeiros, do controle da infecção e de pesquisa.

Os países da região pediram que haja uma ação conjunta e também fora da região afetada para ajudar os países atingidos, Guiné, Libéria e Serra Leoa, a barrar a disseminação da doença.

O oeste africano mobilizará líderes políticos, tradicionais e religiosos para aumentar a conscientização e limitar as crenças e práticas culturais que facilitaram a expansão do vírus. Eles também se comprometeram a alocar recursos financeiros e mobilizar equipes qualificadas para abordar a doença.

Os participantes do encontro da Acra se reunirão para elaborar um roteiro que definirá a estratégia para combater o ebola, trocarão informação e colaborarão na luta contra o vírus.

A OMS estabelecerá um centro de controle regional em Guiné, onde surgiu o primeiro foco, em 22 de março.

Os parceiros internacionais convidados à cúpula, entre eles ONU, União Europeia, Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras, prometeram se coordenar para dar apoio técnico e financeiro para melhorar a resposta ao ebola nos países afetados.

A OMS organizou este encontro de alto nível para que países africanos que tenham sofrido epidemias semelhantes no passado compartilhem suas experiências.

Participaram do encontro ministros da Saúde da Costa do Marfim, da República Democrática do Congo, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Senegal, Serra Leoa e Uganda.

A doença, transmitida por contato direto com sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e tem uma taxa de mortalidade de 90%.

Esta é a primeira vez uma epidemia de ebola é identificada e confirmada na África Ocidental. Antes elas só tinham sido registradas na África Central.

 

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