A computação pessoal é cada vez mais terreno dos notebooks e dos tablets, pelo menos no que no que foge à alta performance. Mesmo assim, ainda existe uma demanda para computadores de mesa de baixo desempenho e o Omni 120 foi projetado para suprir essa necessidade. A configuração é extremamente básica, mas é capaz de satisfazer usuários casuais. Se você não tem necessidade de levar o computador consigo o tempo todo, esse tudo-em-um pode ser uma alternativa econômica para rodar o Office e navegar na internet.

 O circuito central do Omni 120 é um Pentium G620. Não se preocupe, o “Pentium” do nome é só uma marca e não o processador de 6 anos atrás. A arquitetura é baseada na Sandy Bridge dos processadores da linha Core. Aliás, excetuando-se alguns recursos, o desempenho desse processador não é excessivamente diferente do de um Core i3. As faltas mais significativas dessa linha Pentium são a ausência do Hyper Threading e do Turbo Boost. O primeiro agiliza a execução de aplicações programadas para rodar processos em paralelo e o segundo aumenta o clock de um dos núcleos se o outro não estiver sendo usado em sua totalidade. Não obstante, o 620G é um processador razoável: ele possui dois núcleos que rodam a 2,6 GHz.

 Como era de se esperar, não há uma placa de vídeo dedicada no Omni 120. O desktop depende da GPU integrada Intel HD Graphics, que possui a mesma estrutura da Intel HD Graphics 2000 encontrada nos processadores mais básicos da linha Core. Em vez das 12 unidades de execução presentes na Intel HD Graphics 3000, o chip gráfico do Omni 120 utiliza 6 unidades que rodam a uma frequência básica de 850 MHz. Compreensivelmente, o desempenho gráfico é menor, mas a diferença não é tão extrema. 

 O problema da Intel HD Graphics neste caso não é tanto a rapidez de processamento e sim a falta de memória: a GPU divide com o resto do sistema os escassos 2 GB de RAM. As duas placas de 1 GB que compõem a RAM total são DDR3-1333 MHz, mas, na prática, o processador não suporta uma frequência de memória superior a 1066 GHz. Ou seja, não tenha grandes expectativas a respeito dos gráficos do Omni 120. Ele pode reproduzir vídeos em HD mas não muito mais do que isto. Pelo menos no campo do armazenamento esse desktop se sai bem. A HP escolheu utilizar um disco rígido rápido (7.200 RPM) de 500 GB, uma quantidade adequada para usuários casuais.

Os resultados nos benchmarks não foram brilhantes, mas traçam o perfil de um computador minimamente competente. O PCMark Vantage, um benchmark de desempenho geral, conferiu uma nota razoável à máquina: 5.226 pontos. O desempenho no 3DMark06, que mensura a habilidade do computador com gráficos, também não foi inteiramente ruim: 2.532 pontos. Claro, qualquer notebook com um processador Core vai eclipsar esses resultados, mas isto não significa que o Omni 120 é inutilizável. 

 
Benchmark PC Mark Vantage (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Benchmark 3DMark06 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho

Quando o assunto é conexões, esse desktop oferece apenas o mínimo do mínimo. São seis portas USB 2.0, uma porta Gigabit Ethernet, um leitor de cartão (SD, MS e xD) e três P2 (duas saídas e uma entrada). O Wi-Fi n está presente, mas a HP se esqueceu do Bluetooth. Também não há nenhuma conexão de vídeo. Esta não é uma falta tão grave para um tudo-em-um, mas não deixa de ser um desperdício: uma única entrada de vídeo tornaria a tela de 20” muito mais útil. 

 Coerente com a configuração esquálida, a seleção de software escolhida para habita o Omni 120 é extremamente simples. O sistema operacional é o Windows Home Basic que, como o nome denota, é a versão mais básica do Windows, aquela que oferece apenas o essencial para a utilização de um computador. Quanto aos programas que a própria HP instalou no computador, fomos surpreendidos pela qualidade de alguns deles. Claro, a maioria não faz mais do que ocupar espaço no HD, mas aplicativos como o equalizador de áudio e o gerenciador de redes LAN sem fio podem ser muito convenientes para qualquer usuário. Por incrível que possa soar, as ofertas de jogos da loja HP não são de todo ruins. São games tão simples quanto os de um smartphone, mas algum cuidado transparece na sua produção. Quem tem crianças pequenas em casa pode encontrar neles uma fonte de distração

Como falávamos, a HP desperdiçou uma chance de tornar o Omni 120 mais útil com alguma, qualquer conexão de vídeo. Isto é verdade, mas também é preciso dizer que a tela por si só não é nada especial. Sua resolução de 1.600 x 900 é o minimamente aceitável para um display de 20”, mas tende a se tornar obsoleta rapidamente em um mundo onde até celulares têm telas de resolução 720p. Além da resolução, pode-se criticar a tendência para o cinza que as cores desse monitor apresentam. O som, baixo e estridente, também não impressiona. Graças ao equalizador que mencionamos acima, entretanto, o áudio do Omni 120 torna-se até razoável. 

 No que toca a construção física do computador, o Omni 120 não oferece nada de novo. Ele é relativamente compacto (50,2 x 39,7 x 10,6 cm) e já vem com mouse e com um teclado no padrão brasileiro, o que o torna bem prático. Mouse e teclado funcionam sem conexões por fio e dependem de um transmissor que ocupa uma das USB. Na verdade, podemos dizer que esses dois periféricos são o ponto central do Omni 120. Quem está considerado comprar esse computador deve se perguntar: “eu preciso de mouse e teclado?” Se a resposta for negativa, um tablet pode ser uma opção melhor para suprir as suas necessidades.

Ficha técnica

Tela	20
Processador	Intel Pentium G620 2,6 GHz
RAM	2 GB
Armazenamento	HD de 500 GB
GPU	Vídeo onboard
Drive	DVD-RW
Conectividade	Wi-Fi n
SO	Windows 7 Home Basic (64 bits)

Avaliação técnica

Prós	Preço razoável; vem com teclado e mouse sem fio;
Contras	Contra Configuração extremamente básica; poderia ter mais memória;
Conclusão	Indicado para quem precisa de um computador com teclado mas não faz questão de tê-lo sempre consigo;
Média	6.7
Preço	R$ 1649