Obama (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, reuniu-se discretamente na quinta-feira com os executivos-chefes da Apple, da AT&T e de outras empresas de tecnologia, além de ativistas em defesa da privacidade, para discutir as práticas de vigilância do governo, segundo relato publicado pelo site Politico.
O cientista de computação Vint Cerf, do Google, também esteve na reunião, junto com Tim Cook, da Apple, e Randall Stephenson, da AT&T, disse o Politico na noite de quinta-feira, citando fontes familiarizadas com o assunto.
A reunião não constava na agenda pública de Obama na quinta-feira. De acordo com o Politico, na terça-feira funcionários do governo já haviam se reunido reservadamente com representantes do setor e ativistas da privacidade. O encontro da quinta-feira, acrescentou o site, "foi organizado com segredo ainda maior".
Uma fonte do governo disse sob anonimato ao site que essas duas reuniões são parte de "várias discussões que o governo está tendo com especialistas e interessados, em resposta à orientação do presidente de termos um diálogo nacional sobre como protegermos melhor a privacidade numa era digital, incluindo como respeitar a privacidade ao mesmo tempo em que protegemos a segurança nacional".
As discussões refletem a forte repercussão das revelações feitas em junho por Edward Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional, sobre programas secretos de espionagem dos EUA envolvendo as comunicações telefônicas e digitais de milhões de pessoas dentro e fora do país.
A reunião de terça-feira incluiu representantes das entidades setoriais Conselho de Informação da Indústria Tecnologia, Technet e TechAmerica, além da União Americana das Liberdades Civis e do Centro de Informações da Privacidade Eletrônica, disse o Politico, citando fontes.
Para o encontro de quinta-feira foram convidados, entre outros, o Centro para a Democracia e a Tecnologia, e o ativista Gigi Sohn, do grupo Conhecimento Público, acrescentou o site.
A Casa Branca e as empresas e organizações envolvidas não quiseram comentar o assunto ao Politico, e não se manifestaram publicamente nesta sexta-feira.