O XP não trava!!
O XP parece perfeito, mas não reconhece vários periféricos. O mundo não está preparado para ele
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h43.
A tentação está a meu lado. Veste azul e sussurra: "Venha. Eu quero que você me abra. Sinta meu cheirinho. Você tem medo, mas está louco para me romper, enfiar a mão em mim e agarrar o que você mais deseja". Sim, cheguei a este ponto. Estou ouvindo vozes vindas de uma caixa de papelão. A tentadora caixa azul da nova versão do Windows - o XP Professional. Instalar ou não instalar? Nem chega a ser uma questão. Eu sofro de uma doença grave: novidadite aguda. Quero experimentar logo. Nenhuma versão fica muito tempo na caixa. Eu quero detonar. Romper o lacre. Sinto muito, versão Me, mas você está velha! Roda, XP! Enquanto a barra de instalação foi avançando, meu pensamento voou anos em direção ao passado. Numa fusão de cinema eu me vi tão ligado quanto agora, instalando o primeiro disquete do... DOS-5. Cada versão do DOS trazia minúsculos avanços recebidos com festa e ansiedade. Do Windows 3.1 o primeiro choque foi o jogo de paciência, em glorioso technicolor. O segundo foi saber que eu poderia jogar paciência enquanto escrevia um texto. Foi então a vez do Windows 95 e sua megagiga campanha publicitária. A seguir, inovações menos impressionantes - a versão 98 e a geração 2000/Me. Mas chegou então a vez do XP. E ele é... lindão! O papel de parede é uma paisagem que dá vertigem. Finalmente os designers da Microsoft fizeram uma festa aos nossos olhos. E, o principal. Um fato tão importante que mereceria ser registrado em versos por Carlos Machado, notório torturador de sistemas operacionais: "Posso não saber a cor dos olhos do poeta / Nem conhecer todas as cartas do baralho / Mas eu juro, tentei a senha mais secreta / E esse XP não trava nem por um segundo". Após tantos anos de Windows, parece que finalmente chegamos a uma versão que pode dispensar o botão de reboot. Um Windows à prova de travas sempre foi um sonho de todos nós, escravos do reino de Redmond. Mas a tragédia estava anunciada.
Antes de se instalar, o XP faz uma lista dos periféricos que não deveriam funcionar na nova versão. A minha lista indicava problemas com a câmera digital e com o scanner. E que eu deveria ir atrás dos novos drivers pela internet. Não achei nenhum nos sites dos respectivos fabricantes na internet. A webcam ficou inútil, assim como a câmera digital. A impressora funcionou, mas depois começou a disparar papel sem imprimir nada. O modem ficou incomunicável. O CD-ROM gravável só pra variar não gravou. Dando o toque final, o scanner avisou que não iria funcionar - e funcionou. O XP parece ser um grande programa. Nos dias em que convivi com ele, virou uma obsessão. Mas o mundo ainda não está preparado para ele. Dias, meses se passarão para que drivers para o XP sejam lançados. Ou que novas gerações de periféricos cheguem às lojas. Até lá, o XP volta para a caixa. E eu, humildemente, recebo de volta o Windows Me. De vez em quando a gente tem de se lembrar de não colocar areia demais em nossos caminhõezinhos.
A tentação está a meu lado. Veste azul e sussurra: "Venha. Eu quero que você me abra. Sinta meu cheirinho. Você tem medo, mas está louco para me romper, enfiar a mão em mim e agarrar o que você mais deseja". Sim, cheguei a este ponto. Estou ouvindo vozes vindas de uma caixa de papelão. A tentadora caixa azul da nova versão do Windows - o XP Professional. Instalar ou não instalar? Nem chega a ser uma questão. Eu sofro de uma doença grave: novidadite aguda. Quero experimentar logo. Nenhuma versão fica muito tempo na caixa. Eu quero detonar. Romper o lacre. Sinto muito, versão Me, mas você está velha! Roda, XP! Enquanto a barra de instalação foi avançando, meu pensamento voou anos em direção ao passado. Numa fusão de cinema eu me vi tão ligado quanto agora, instalando o primeiro disquete do... DOS-5. Cada versão do DOS trazia minúsculos avanços recebidos com festa e ansiedade. Do Windows 3.1 o primeiro choque foi o jogo de paciência, em glorioso technicolor. O segundo foi saber que eu poderia jogar paciência enquanto escrevia um texto. Foi então a vez do Windows 95 e sua megagiga campanha publicitária. A seguir, inovações menos impressionantes - a versão 98 e a geração 2000/Me. Mas chegou então a vez do XP. E ele é... lindão! O papel de parede é uma paisagem que dá vertigem. Finalmente os designers da Microsoft fizeram uma festa aos nossos olhos. E, o principal. Um fato tão importante que mereceria ser registrado em versos por Carlos Machado, notório torturador de sistemas operacionais: "Posso não saber a cor dos olhos do poeta / Nem conhecer todas as cartas do baralho / Mas eu juro, tentei a senha mais secreta / E esse XP não trava nem por um segundo". Após tantos anos de Windows, parece que finalmente chegamos a uma versão que pode dispensar o botão de reboot. Um Windows à prova de travas sempre foi um sonho de todos nós, escravos do reino de Redmond. Mas a tragédia estava anunciada.
Antes de se instalar, o XP faz uma lista dos periféricos que não deveriam funcionar na nova versão. A minha lista indicava problemas com a câmera digital e com o scanner. E que eu deveria ir atrás dos novos drivers pela internet. Não achei nenhum nos sites dos respectivos fabricantes na internet. A webcam ficou inútil, assim como a câmera digital. A impressora funcionou, mas depois começou a disparar papel sem imprimir nada. O modem ficou incomunicável. O CD-ROM gravável só pra variar não gravou. Dando o toque final, o scanner avisou que não iria funcionar - e funcionou. O XP parece ser um grande programa. Nos dias em que convivi com ele, virou uma obsessão. Mas o mundo ainda não está preparado para ele. Dias, meses se passarão para que drivers para o XP sejam lançados. Ou que novas gerações de periféricos cheguem às lojas. Até lá, o XP volta para a caixa. E eu, humildemente, recebo de volta o Windows Me. De vez em quando a gente tem de se lembrar de não colocar areia demais em nossos caminhõezinhos.