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O que muda com os novos medidores de eletricidade

Os desafios e as oportunidades para a expansão da infraestrutura de energia no Brasil são imensos: somente no setor de distribuição, estima-se que serão construídos 47 000 novos quilômetros de linhas de transmissão nos próximos dez anos, que devem gerar investimentos de 36 bilhões de dólares

DR

Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 10h00.

Os desafios e as oportunidades para a expansão da infraestrutura de energia no Brasil são imensos: somente no setor de distribuição, estima-se que serão construídos 47 000 novos quilômetros de linhas de transmissão nos próximos dez anos, que devem gerar investimentos de 36 bilhões de dólares. Além de focar na construção de novas usinas, parques eólicos e termelétricas ou nos fios que levarão toda essa eletricidade, é preciso investir em novos medidores de energia. Para que sejam realizadas todas as promessas de eficiência do smart grid, é necessário que o velho medidor de energia analógico (conhecido como relógio de luz) seja trocado.

“A gama de informações que os medidores avançados recebem proporciona uma maior dinâmica na prestação do serviço e na possibilidade de economia de energia, trazendo melhoria para todo o sistema”, conclui um grupo de trabalho sobre smart grid do Ministério de Minas e Energia em relatório. Para o governo, a relação entre concessionária e consumidor muda com a instalação de aparelhos mais modernos.

A nova geração de medidores permite, do lado das concessionárias de serviços de energia, uma leitura automática e remota, sem necessidade de técnicos irem ao local para anotar as informações do relógio de luz. O corte e a religação do fornecimento também podem ser feitos a distância. E como as concessionárias têm acesso a todos os dados em tempo real, o serviço de suporte ao consumidor final pode ficar mais ágil e preciso. Com tantas informações, é possível oferecer tarifas flexíveis, com descontos para o uso fora de horários de pico, por exemplo.

Para o consumidor, é possível observar com mais clareza o quanto está sendo consumido e em que horas. Isso é importante não apenas para residências, mas também indústrias que precisam compreender melhor o comportamento de consumo e planejar a redução do desperdício. A Infraestrutura Avançada de Medição (AMI), como é conhecida a implementação de novos medidores, também permite a conexão com a internet, criando oportunidades sem precedentes. Nos Estados Unidos, a empresa americana Simple Energy desenvolveu uma espécie de videogame social para engajar os consumidores no uso consciente de energia. Como nos joguinhos do Facebook, há metas, medalhas e a chance de competir com os amigos para ver quem atinge mais metas de consumo. A experiência está sendo testada com 15 000 usuários de Worcester, no estado de Massachusetts, com bons resultados.

Essas mudanças podem acontecer muito rapidamente. O mercado espera que até 2018 1 bilhão desses medidores inteligentes estejam ligados à rede elétrica. Países como a Itália conseguiram substituir todos os 30 milhões de medidores em apenas cinco anos (entre 2000 e 2005). No Brasil, algumas distribuidoras já estão preparadas para operar nesse sistema. O problema é que, no país, os medidores mais modernos custam pelo menos o dobro dos tradicionais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) subsidia a instalação dos aparelhos em alguns mercados, especialmente em pequenas e médias indústrias, mas é necessária uma escala maior para o preço ficar mais atrativo. O jogo deve mudar a partir de 1° de fevereiro de 2014, quando todas as novas construções deverão, por lei, ter medidores no novo padrão, inteligente.

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Os desafios e as oportunidades para a expansão da infraestrutura de energia no Brasil são imensos: somente no setor de distribuição, estima-se que serão construídos 47 000 novos quilômetros de linhas de transmissão nos próximos dez anos, que devem gerar investimentos de 36 bilhões de dólares. Além de focar na construção de novas usinas, parques eólicos e termelétricas ou nos fios que levarão toda essa eletricidade, é preciso investir em novos medidores de energia. Para que sejam realizadas todas as promessas de eficiência do smart grid, é necessário que o velho medidor de energia analógico (conhecido como relógio de luz) seja trocado.

“A gama de informações que os medidores avançados recebem proporciona uma maior dinâmica na prestação do serviço e na possibilidade de economia de energia, trazendo melhoria para todo o sistema”, conclui um grupo de trabalho sobre smart grid do Ministério de Minas e Energia em relatório. Para o governo, a relação entre concessionária e consumidor muda com a instalação de aparelhos mais modernos.

A nova geração de medidores permite, do lado das concessionárias de serviços de energia, uma leitura automática e remota, sem necessidade de técnicos irem ao local para anotar as informações do relógio de luz. O corte e a religação do fornecimento também podem ser feitos a distância. E como as concessionárias têm acesso a todos os dados em tempo real, o serviço de suporte ao consumidor final pode ficar mais ágil e preciso. Com tantas informações, é possível oferecer tarifas flexíveis, com descontos para o uso fora de horários de pico, por exemplo.

Para o consumidor, é possível observar com mais clareza o quanto está sendo consumido e em que horas. Isso é importante não apenas para residências, mas também indústrias que precisam compreender melhor o comportamento de consumo e planejar a redução do desperdício. A Infraestrutura Avançada de Medição (AMI), como é conhecida a implementação de novos medidores, também permite a conexão com a internet, criando oportunidades sem precedentes. Nos Estados Unidos, a empresa americana Simple Energy desenvolveu uma espécie de videogame social para engajar os consumidores no uso consciente de energia. Como nos joguinhos do Facebook, há metas, medalhas e a chance de competir com os amigos para ver quem atinge mais metas de consumo. A experiência está sendo testada com 15 000 usuários de Worcester, no estado de Massachusetts, com bons resultados.

Essas mudanças podem acontecer muito rapidamente. O mercado espera que até 2018 1 bilhão desses medidores inteligentes estejam ligados à rede elétrica. Países como a Itália conseguiram substituir todos os 30 milhões de medidores em apenas cinco anos (entre 2000 e 2005). No Brasil, algumas distribuidoras já estão preparadas para operar nesse sistema. O problema é que, no país, os medidores mais modernos custam pelo menos o dobro dos tradicionais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) subsidia a instalação dos aparelhos em alguns mercados, especialmente em pequenas e médias indústrias, mas é necessária uma escala maior para o preço ficar mais atrativo. O jogo deve mudar a partir de 1° de fevereiro de 2014, quando todas as novas construções deverão, por lei, ter medidores no novo padrão, inteligente.

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