O ano da epidemia do Ebola, em números
Após alguns meses de atraso, o Ocidente descobriu em 2014 que o Ebola havia voltado, mais forte do que nunca.
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 13h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h45.
Após alguns meses de atraso, o Ocidente descobriu em 2014 que o Ebola havia voltado, mais forte do que nunca. Enquanto isso, mais de 6 mil pessoas morreram, a maior parte delas em três países africanos, naquela que é considerada a pior epidemia da doença desde sua descoberta. Em 2014, o Ebola fez vítimas pela primeira vez em outros continentes (até o Brasil teve seus casos suspeitos), gerando reação imediata de agentes de saúde, governos e laboratórios, que passaram a buscar um antídoto para o vírus. A INFO registrou, em números, o ano do Ebola, a doença que agora preocupa o mundo todo.
Até o último relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (em 13 de dezembro), o vírus Ebola matou 6 856 pessoas em todo mundo durante 2014. A maior parte das vítimas é da África Ocidental, foco da epidemia.
O país com mais vítimas é a Libéria, onde 3 290 pessoas morreram em decorrência do vírus Ebola. Serra Leoa (2 033) e Guiné (1 518) são os outros países com mais pessoas mortas pelo Ebola. Ambos fazem fronteira com a Libéria.
No total, mais de 18 mil casos do vírus foram confirmados pelas autoridades de saúde, no mundo inteiro.
O Ebola foi descoberto em 1976. Normalmente, ele ocorre na África Subsaariana, onde menos de 500 pessoas morrem todos os anos em decorrência da doença. A epidemia de 2014, que começou em dezembro de 2013 em Guiné, é considerada como a mais mortal desde a descoberta do vírus.
Profissionais de saúde do mundo todo foram enviados para as regiões mais afetadas pelo vírus, para tentar conter a epidemia. A falta de infraestrutura adequada para combater a doença, torna o trabalho desses médicos perigoso. Apenas entre os profissionais de saúde que estão nos três países mais afetados, 639 casos do Ebola foram registrados, com 349 vítimas.
A taxa de mortalidade do Ebola é de 70%, uma das maiores entre os vírus conhecidos pela ciência.
A falta de infraestrutura de saúde pública é considerada como um dos motivos para que a doença tenha se espalhado tão rapidamente pela África Ocidental. Guiné, por exemplo, tem uma média de 10 médicos para cada 100 mil habitantes, uma das piores taxas do mundo. Os Estados Unidos, em comparação, possuem 245 médicos para cada grupo de 100 mil pessoas.
Pela primeira vez, a doença fez vitimas fora da África. Um americano de 42 anos, que contraiu o vírus na Libéria, e um padre espanhol de 75 anos, que passou por Serra Leoa, morreram em decorrência do Ebola. No total, 22 pessoas foram diagnosticadas com o vírus Ebola fora do continente africano.
O Brasil teve dois casos suspeitos do vírus Ebola, ambos no Paraná. O primeiro deles aconteceu na cidade de Cascavel. O guineano Souleymane Bah, de 47 anos, foi internado após apresentar febre. O caso foi descartado. O segundo caso aconteceu em Foz do Iguaçu: um paciente, que havia passado 23 dias em Serra Leoa, foi internado com sintomas da doença. Após algumas horas, a ocorrência do vírus também foi descartada.
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