"Nunca vai ser o YouTube", brinca o chefe do Google Arts & Culture
O Art Selfie é uma nova ferramenta em que usuários encontram rostos parecidos com os seus em obras de arte
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de junho de 2018 às 09h51.
Última atualização em 11 de junho de 2018 às 09h53.
São Paulo - Mesmo entre os mais assíduos usuários de aplicativos do Google , a plataforma Arts & Culture, criada há sete anos, está longe de ser uma grande favorita. Com o objetivo de aproximar o público da arte por meio da tecnologia, a ferramenta lançou na semana passada, no Brasil, uma nova funcionalidade, o Art Selfie, em que usuários podem encontrar facilmente, por meio de algoritmos, rostos parecidos com os seus em obras de arte, a partir de fotos.
"Nunca vai ser o YouTube ", brinca o chefe do Google Arts & Culture, Phil Sharp, à reportagem, durante passagem pelo Brasil. Apesar de não falar em números de audiência, Sharp admite a popularidade baixa da plataforma. "Adoraríamos que mais pessoas conhecessem o aplicativo, mas não estamos tentando alcançar bilhões de usuários", analisa. "Queremos torná-lo acessível para as pessoas interessadas e que queiram aprender sobre arte."
Segundo Sharp, o Google entra em contato com museus quando programam conteúdos especiais, como o Art Selfie, por exemplo. Foi por causa dessa nova ferramenta que a Pinacoteca de São Paulo digitalizou, com câmeras de alta resolução do Google, seu acervo. Ao todo, rostos de 80 obras da instituição paulista figuram agora no Art Selfie - o que deixa a Pinacoteca como o museu com mais quadros presentes da ferramenta. "Temos visto mais instituições se abrindo para a ideia de se integrar à tecnologia. Nosso grande objetivo seria ter todos os museus do mundo."