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Novo medicamento é esperança de cura da hepatite C

Uma nova droga pode representar a cura para cerca de 95% dos pacientes com hepatite C, forma mais grave da doença

Vacina: cerca de 150 milhões de pessoas no mundo tem o tipo C da hepatite (sxc.hu)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 10h00.

Brasília -Uma nova droga, ainda em aprovação nos Estados Unidos, pode representar a cura para cerca de 95% dos pacientes com hepatite C, forma mais grave da doença , segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), Edison Roberto Parise.

A hepatite é a inflamação do fígado, causada por cinco vírus diferentes e que nem sempre apresenta sintomas.

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Os tipos B e C são a causa mais comum de cirrose hepática e câncer de fígado.

Atualmente, para todos os tipos da doença, o tratamento é com feito com antivirais, basicamente o interferon e a ribavirina, com duração de 48 semanas.

Em alguns casos, esses medicamentos podem ser combinados com inibidores de protease, que tem muitos efeitos colaterais e cura cerca de 50% a 70% das pessoas infectadas.

Segundo Edison Parise, uma segunda série de medicamentos já está em aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária .

“São dois novos medicamentos que têm uma baixa tremenda de efeito colateral, mas que ainda vão ser utilizados com interferon, em alguns casos”, disse ele, ao explicar que o tratamento deve durar 12 semanas, com um índice de cura de 80% a 90%.

Uma terceira geração de medicamentos, com o mínimo de efeito colateral, deve ser aprovada até o fim do ano nos Estados Unidos.

“Nesse caso, o tratamento é totalmente sem interferon, mais curto, de oito semanas, e com um índice de cura de 90% a 100%. É uma mudança drástica no tratamento da hepatite neste ano, então precisamos aproveitar isso e captar o máximo de doentes.”

Entenda os cinco tipos da doença:

A hepatite A, na maioria dos casos, é uma doença benigna e de contágio simples, pela água mal tratada ou alimentos mal lavados.

A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico.

Existe vacina contra o vírus da hepatite A, mas só é recomendada em casos especiais.

Para a hepatite B também há vacina, disponibilizada na rede pública de saúde.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 240 milhões de pessoas no mundo têm a doença, que pode se tornar crônica, dependendo da idade do infectado. As crianças são as mais afetadas.

A hepatite B é considerada doença sexualmente transmissível e o vírus está presente no sangue, no esperma e no leite materno.

Cerca de 150 milhões de pessoas no mundo tem o tipo C da doença, que é o mais grave, pois não há vacina.

A ação do vírus é lenta e silenciosa e, em 80% dos casos, torna-se crônica em pouco tempo.

A hepatite D é menos comum e depende da presença do vírus do tipo B para a infecção.

Já a hepatite E tem ocorrência rara no Brasil e é comum na Ásia e África.

A transmissão é fecal-oral (patógenos das fezes tem contato com a boca), mais comum em áreas sem saneamento básico.

A hepatite E pode induzir uma taxa de mortalidade de 20% entre as mulheres grávidas em seu terceiro trimestre, segundo a OMS .

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