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Nove em cada dez celulares perdidos têm informações violadas

Dados são parte do projeto Honey Stick, e envolveram 30 celulares 'estrategicamente perdidos' em três metrópoles brasileiras

smartphones (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 10h46.

Celulares perdidos são violados em 90% dos casos, segundo um novo estudo divulgado pela Symantec. Os dados preocupantes são parte da versão brasileira do projeto Honey Stick, realizado pela empresa desde 2012 na América do Norte e feito pela primeira vez na América Latina entre outubro e novembro de 2013.

A pesquisa seguiu os moldes da original, e 30 smartphones foram “estrategicamente perdidos” em três grandes cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Todos foram carregados com informações pessoais e corporativas simuladas. Os aparelhos também receberam modificações para que todas as atividades feitas com eles pudessem ser monitoradas remotamente – incluindo aí ligações e acesso a apps, documentos e fotos.

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Além da taxa de violação de 90%, o Honey Stick ainda revelou que em apenas 27% dos casos houve tentativa de devolver o smartphone perdido. Mas pelo número alto de invasões, dá para perceber que mesmo boa parte dos “bons samaritanos” ainda acessava as informações dos aparelhos antes de tentar entregá-los aos respectivos donos.

O estudo mostra também que 83% dos dispositivos são desbloqueados para acessar informações pessoais e usar apps particulares, como os de redes sociais e galerias de fotos. No caso dos dados profissionais, o número registrado já cai para 53%. E há ainda os casos em que ambos os tipos de dados são vistos pelos invasores – 47% dos equipamentos, no total.

No gráfico abaixo, dá para ver como se divide o interesse das pessoas que encontraram os aparelhos perdidos – e como as fotos atraem mais a atenção do que qualquer outro dado.

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Tentativas de acesso a informações | Infographics

Em termos de cidades, nenhuma das três “avaliadas” se mostrou mais segura que a outra. Em São Paulo, oito dos dez aparelhos perdidos foram desbloqueados, sendo seis para acessar dados pessoais e quatro para profissionais – ou seja, dois deles tiveram os dois lados violados.

Em Brasília, por sua vez, o número ficou bem dividido, com 50% dos smartphones tendo as informações pessoais visualizadas e outros 50% tendo as profissionais. Por fim, no Rio de Janeiro, nove das dez pessoas que acharam os aparelhos tentaram acessar informações, mas apenas as pessoais.

Proteção – Os números se referem a uma parcela pequena de smartphones, mas já mostram o quão importante é manter protegidos os dados guardados em um dispositivo móvel. E segundo a Symantec, essa necessidade aumenta ainda mais se levarmos em consideração o mercado corporativo e a tendência do “Bring Your Own Device”, que faz com que informações sensíveis das empresas fiquem salvas em celulares.

A própria desenvolvedora de antivírus dá algumas dicas de segurança, e a primeira é a óbvia e mais básica: “utilize o recurso de bloqueio de tela e determine senhas complexas”. Vale também instalar algum software de segurança confiável no aparelho e manter o gadget à vista sempre que possível. Recursos como o Android Device Manager, o Find My Phone do iOS e o de localização do Windows Phone também são bem-vindos.

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