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Novas substâncias psicoativas representam alto risco à saúde

O uso abusivo destes medicamentos também aumenta o risco de infecção por HIV e hepatites B e C

Pílulas: os últimos anos registraram um aumento sem precedentes do abuso de drogas sintéticas
 (Miguel Medina/AFP)

Pílulas: os últimos anos registraram um aumento sem precedentes do abuso de drogas sintéticas (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 11h38.

Viena - A multiplicação de substâncias psicoativas representa um "grave risco para a saúde pública", advertiu nesta terça-feira, em seu relatório anual de 2012, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (INCB, sigla em inglês).

"Os últimos anos registraram um aumento sem precedentes do abuso de novas substâncias psicoativas, geralmente chamadas drogas sintéticas, euforizantes legais ou euforizantes vegetais", explica o INCB, uma agência da ONU com sede em Viena.

"Na Europa, por exemplo, o número de novas substâncias psicoativas registradas passou da média de cinco por ano entre 2000 e 2005 a quase 10 vezes mais em 2011, ou seja uma nova substância quase cada semana", afirma o relatório.

Especialistas calculam que "o número total de substâncias no mercado é da ordem de milhares".

As substâncias não estão sob controle internacional, mas têm os mesmos efeitos psicoativos das drogas controladas, insiste o INCB.

O Órgão exige uma "ação coordenada dos Estados para prevenir a fabricação, tráfico e abuso destas substâncias".

O abuso de medicamentos administrados com receita é outro grande problema destacado no documento do INCB.


O fenômeno afeta todo o mundo, mas com especial ênfase na América do Norte, no sul e sudeste da Ásia e em alguns países da Europa e América do Sul, o que "representa um grave problema de saúde e social", denunciou o organismo.

O uso abusivo destes medicamentos também aumenta o risco de infecção por HIV e hepatites B e C.

"Mais de 6% dos alunos do ensino secundário abusam de tranquilizantes em alguns países da América do Sul", destaca a agência da ONU.

O INCB destacou também o problema ligado aos "programas de maconha para uso medicinal, autorizados pelo direito internacional dentro das condições específicas enunciadas na Convenção única de 1961 sobre os entorpecentes".

O INCB é um órgão independente que vigia e promove a aplicação das convenções da ONU sobre o controle de drogas.

A cada ano publica um relatório e faz recomendações aos países e organizações internacionais sobre as políticas contra os entorpecentes.

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