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WhatsApp pode cobrar anuidade maior, diz cofundador

'Mas não temos planos de cobrar mais agora. Pode ser uma possibilidade no futuro', disse

Jan Koum (Getty Images)

Jan Koum (Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 17h47.

Jan Koum, o cofundador e CEO do WhatsApp, afirmou que é uma possibilidade aumentar o valor da anuidade de US$ 0,99 (2,40 reais) que é cobrada pelo uso do aplicativo de mensagens. Em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele disse que ainda não há nada definido, mas que isso pode acontecer.

"Mas não temos planos de cobrar mais agora. Pode ser uma possibilidade no futuro. Você sabe, a moeda muda, há inflação, vamos ter de contratar mais gente obviamente", declarou Koum. Atualmente, o WhatsApp conta com uma equipe pequena: 55 funcionários. Vale lembrar que o aplicativo tem mais de 450 milhões de usuários no mundo. A empresa informou que conta com mais de 38 milhões de usuários ativos no Brasil. Vale lembrar que Koum revelou na feira de tecnologia Mobile World Congress que o app terá suporte a chamadas de voz via internet, assim como o Viber e o próprio Facebook.

O WhatsApp foi comprado pelo Facebook na semana passada, por 16 bilhões de dólares — além de um bônus de 3 bilhões de dólares, totalizando 19 bilhões de dólares. Sendo assim, cada usuário do serviço custou 35,56 dólares, ou seja, 83 reais.

Na entrevista, Koum também falou sobre privacidade e a possibilidade de uma integração com o Facebook. Ele afirmou que a empresa não coleta dados que sejam personalizados, como sexo, idade, e-mail, mas apenas o número do telefone e quais dos seus amigos também usam o app. "A maneira de chegar a 2 bilhões de usuários é continuar a fazer o que você tem feito. Se nós mudarmos, não teremos tanto sucesso", afirmou o agora bilionário executivo de 38 anos.

Não deve haver uma integração com o Facebook, apenas coisas "minimalistas", como ele descreve. Koum disse que tanto ele quanto Mark Zuckerberg, cofundador e CEO do Facebook, acreditam que uma grande integração dos serviços os levaria ao fracasso.

 

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