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NET prevê crescimento menor de TV paga em 2013

No ano passado, o crescimento foi de 30% e a estimativa para 2012 é do mesmo porcentual


	Antena parabólica de TV: o dólar acima de R$ 2,00 é uma variável que pode limitar o crescimento da NET
 (SXC)

Antena parabólica de TV: o dólar acima de R$ 2,00 é uma variável que pode limitar o crescimento da NET (SXC)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 09h35.

Brasília - O presidente da NET Serviços, José Félix, disse nesta quinta-feira que dificilmente o mercado de TV por assinatura brasileiro conseguirá crescer em 2013 na mesma proporção que se expandiu nos últimos dois anos. No ano passado, o crescimento foi de 30% e a estimativa para 2012 é do mesmo porcentual. "Este ano devemos contar com 3,6 milhões de novos domicílios atendidos. Em 2013, devemos atender o mesmo número, mas, sobre o total de clientes, o porcentual de crescimento será menor, entre 20% e 25%", disse o executivo, que participa do 56º Painel Telebrasil.

Para Félix, o crescimento da economia brasileira no próximo ano deve ser parecido com o atual, ou seja, na casa ou menor que 2%. A NET, no entanto, só irá concluir seus planos de investimento para 2013 em setembro ou outubro. De qualquer maneira, o executivo confia na demanda pelo serviço de TV por assinatura. "Temos bastante espaço para fazer apostas porque não somos uma companhia muito alavancada. Em 2008, fizemos uma aposta de forte crescimento para o ano seguinte e essa estratégia deu certo", completou.

Para o executivo, porém, o dólar acima de R$ 2,00 é uma variável que pode limitar o crescimento da NET. Segundo ele, a maior parte dos equipamentos para instalação de novos pontos de TV por assinatura são importados e consequentemente estão mais caros. "Para algumas indústrias, o câmbio atual pode ser positivo, mas para o nosso negócio isso não é bacana. O dólar a R$ 1,70 era melhor", avaliou.

Com a mudança do marco regulatório das telecomunicações no ano passado, a NET esperava expandir o seu serviço para 50 novas cidades em 2012. Mas Félix já admite que essa meta poderá não ser cumprida. A nova legislação abriu o mercado para as operadoras de telefonia, mas vedou a participação de produtores de conteúdo em empresas de distribuição. Por isso, a Anatel determinou que a Globo deixasse o controle da NET, que passará a ser integralmente do grupo mexicano Telmex que também controla no Brasil a Claro e a Embratel. "O novo acordo de acionistas já foi enviado para a agência e esperamos a sua aprovação para conseguirmos as novas licenças", concluiu.

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