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Mudança climática ameaça 1/3 da vida polar marinha, diz estudo

Sydney - Aproximadamente um terço da biodiversidade dos leitos marítimos polares estão ameaçados de extinção como consequência da mudança climática, assinala um estudo...

degelo (AFP/File/Torsten Blackwood)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

Sydney - Aproximadamente um terço da biodiversidade dos leitos marítimos polares estão ameaçados de extinção como consequência da mudança climática, assinala um estudo de uma universidade australiana divulgado nesta quarta-feira.

Segundo a pesquisa liderada por Graeme Clark, da Universidade de Nova Gales do Sul, a perda progressiva das calotas polares poderia gerar resultados nefastos para o ecossistema das regiões ao permitir uma maior penetração dos raios solares no leito marinho.

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O estudo, realizado conjuntamente com a Divisão Australiana Antártica, alerta que os ecossistemas polares poderiam ser mais sensíveis à mudança climática do que se pensava anteriormente.

"Até uma pequena mudança na data da perda anual de gelo pode representar um momento crítico, capaz de desencadear outras mudanças generalizadas no ecossistema", expôs Clark em um comunicado emitido pela Universidade de Nova Gales do Sul.

"No litoral da Antártica, por exemplo, este fato pode fazer com que as comunidades dominadas pelos animais invertebrados, que são únicas e que estão adaptadas à escuridão, sejam substituídas por leitos de algas que se desenvolvem com a luz - fato que reduzirá significativamente a biodiversidade", apontou o investigador australiano.

Os invertebrados que habitam o leito marinho antártico, entre os quais se incluem espécies como as esponjas, animais musgo, ascídias e vermes, são importantes para o ecossistema porque contribuem com filtragem da água, reciclagem de nutrientes e fazem parte da cadeia alimentar desta região.

"Isto é só um exemplo do impacto ecológico em grande escala que os humanos podem impor através de aquecimento global, inclusive em lugares remotos como a Antártida", concluiu Emma Johnston, integrante do grupo de pesquisa.

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