Motor de última geração moderniza locomotivas
A partir do início de 2014, começarão a ser entregues os novos motores para locomotivas projetados e fabricados na planta da GE Transportation em Contagem, Minas Gerais
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 10h00.
A partir do início de 2014, começarão a ser entregues os novos motores para locomotivas projetados e fabricados na planta da GE Transportation em Contagem, Minas Gerais. Além de modernizar a malha ferroviária nacional, eles devem reduzir o custo de logística do transporte ferroviário de carga, tornando esse modal mais competitivo.
A novidade desses novos motores é que eles são dotados de uma tecnologia de corrente alternada, que dobra sua capacidade de tração em relação aos motores de corrente contínua, fabricados nos anos 1970 e 1980 e usados até hoje. As novas peças irão equipar locomotivas que rodam sobre trilhos de bitola métrica (nome dado aos trilhos que possuem um metro de distância entre as partes internas de suas superfícies), e que estão presentes em 80% dos 28 000 quilômetros da malha ferroviária brasileira.
Nacionalização - O desenvolvimento desse motor integra a estratégia de nacionalização da GE Transportation para a América Latina, iniciada com a fabricação, no Brasil, da locomotiva AC44i, em 2008.
De acordo com Marc Flammia, diretor de produto e engenharia da GE Transportation para a América Latina, os novos motores de tração com tecnologia de corrente alternada representam um marco tecnológico para a empresa, pois foram totalmente concebidos pela equipe local de engenheiros, projetistas e desenhistas.
“Essas locomotivas tracionam 60% mais carga em relação àquelas equipadas com motores de corrente contínua”, diz Flammia. Segundo ele, enquanto são necessárias 300 carretas para transportar 10 000 toneladas de carga, uma única locomotiva dá conta do recado. “Isso reduz os custos com logística e torna o país mais competitivo. Os novos motores aumentarão a eficiência e a segurança operacional do setor ferroviário. Estamos aqui para ajudar a mover o Brasil”, diz Flammia.