Moeda digital Libra tem programa de recompensa que paga 10 mil dólares
Moeda digital parecida com o Bitcoin busca segurança da sua plataforma de transações na internet
Lucas Agrela
Publicado em 27 de agosto de 2019 às 14h30.
Última atualização em 27 de agosto de 2019 às 14h36.
São Paulo – Liderada pelo Facebook , a associação de empresas por trás da moeda digital Libra anunciou um novo programa de recompensas por falhas encontradas em sua plataforma. O prêmio oferecido é de até 10 mil dólares por brechas críticas de segurança que forem encontradas e reportadas para correção. A premiação está hospedada no site HackerOne, também usada para o mesmo fim por Twitter, Qualcomm e StarBucks.
A Libra funciona como o Bitcoin , uma moeda criptografada – ou criptomoeda . Ela, porém, tem seu valor indexado a títulos de países de primeiro mundo, como Estados Unidos e Inglaterra, o que torna seu valor menos volúvel do que o do Bitcoin, conhecido por seus altos e baixos repentinos.
Em junho deste ano, o Facebook anunciou a Libra junto com a Calibra, que, assim como faz o Blockchain no Bitcoin, atua como um livro-razão com criptografia para garantir a autenticidade de transações e evitar duplicações de moedas digitais. O processamento das operações será feito por uma associação de 28 empresas, que, além do Facebook, inclui Spotify, Visa, Mastercard, Uber, eBay, entre outros. O número de parceiros é crescente e a expectativa da associação é de atingir 100 membros até 2020, quando a Libra será efetivamente lançada e tentará se tornar uma nova moeda global na internet.
No entanto, a Libra está sob análise do Congresso dos Estados Unidos, por questões de privacidade – tópico polêmico na história recente do Facebook.
Em comunicado, Dante Disparte, chefe de política e comunicações na Associação Libra, afirma que o lançamento do programa acontece antes da chegada oficial da Libra ao mercado para que a infraestrutura seja confiável e segura para ser usada por pessoas do mundo todo. "Estamos comprometidos a levar tanto tempo quanto necessário para fazer a coisa certa, e não lançaremos a Libra Blockchain até que questões regulatórias sejam consideradas e que tenhamos recebido todas as aprovações regulatórias", afirmou Disparte.
Apesar de a inovação oferecer facilidade em transações em plataformas online, como Messenger ou WhatsApp – apps do Facebook –, a moeda digital pode prejudicar economias emergentes, disseram especialistas àRevista EXAME.