Tecnologia

MIT inventa correção automática de bugs com código emprestado de outros programas

O CodePhage procura e corrige softwares com falhas sem precisar acessar o código fonte do programa

codigo (sxc.hu)

codigo (sxc.hu)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 06h09.

Um novo sistema do Laboratório de Ciências da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do MIT tem uma tática infalível para corrigir softwares com falhas: pegar emprestado código “saudável” de outras aplicações, e então corrigir o bug, sem precisar acessar o código fonte original.

A ideia é reproduzir a estratégia dos transplantes de órgãos. A diferença é que neste caso, o paciente doente é um software bugado. E o órgão doado é um pedaço de código de outra aplicação, mesmo que tenha sido escrito em uma linguagem totalmente diferente.

Em linhas gerais, essa é a definição do CodePhage, um sistema que foi apresentado por pesquisadores do MIT durante uma conferencia de Linguagem da Programação neste mês nos Estados Unidos.

Segundo seus criadores, o CodePhage funciona assim: um programa com bug é o “receptor”. Quando o sistema identifica uma vulnerabilidade, ele procura por uma correção em uma série de outros programas e bibliotecas de códigos.

Assim que ele encontra um pedaço de código que possa ser usado, ele o enxerta no receptor e o testa sem precisar acessar o código fonte. Ele repete essa ação até achar o doador ideal.

A vantagem desse sistema é que ele pode corrigir falhas usando soluções que podem nunca terem sido escritas na mesma linguagem, criando uma espécie de colcha de retalho de boas ideias a partir de uma gama ampla de fontes de programação.

Segundo Martin Rinard, um dos criadores do sistema, o CodePhage é parte de um esforço maior do MIT em criar um software que irá reduzir a necessidade de se escrever novos códigos. Ou seja, as aplicações irão se auto-atualizar.

“A ideia é que nunca precisemos escrever um código que outra pessoa já tenha escrito em algum lugar”, afirma Rinard. “O sistema encontra o pedaço certo de código e automaticamente o enxerta em outros pedaços de códigos que fazem o programa funcionar.”

Fonte: MIT

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