Tecnologia

Mídia tradicional ainda é mais popular que a digital

O brasileiro foi quem teve o maior gasto com mídia tradicional, registrando uma média de US$ 15 por mês (contra US$ 12 da média de EUA e Canadá)


	O objetivo do levantamento é entender como os consumidores estão utilizando seu tempo e seus recursos financeiros com meios de comunicação em todos os formatos
 (Divulgação/AdNews)

O objetivo do levantamento é entender como os consumidores estão utilizando seu tempo e seus recursos financeiros com meios de comunicação em todos os formatos (Divulgação/AdNews)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Os consumidores brasileiros ainda estão propensos a utilizar mais as mídias tradicionais do que as digitais. Essa é uma das conclusões de pesquisa realizada pela KPMG International intitulada Debate Digital 2013 – Emergência do consumidor digital multitarefas.

O objetivo do levantamento é entender como os consumidores estão utilizando seu tempo e seus recursos financeiros com meios de comunicação em todos os formatos e traçar um raio-x do consumo de mídias on-line e off-line.

Tendo como um de seus recortes os dados sobre o Brasil, a pesquisa ainda abrange outros oito países, e mostrou uma curiosidade. O brasileiro foi quem teve o maior gasto com mídia tradicional, registrando uma média de US$ 15 por mês (contra US$ 12 da média de EUA e Canadá), e se destacando principalmente na compra de livros e videogames (mídias físicas).

Quando o assunto é gasto com mídia digital, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás da China, e com um valor muito inferior ao utilizado nos meios tradicionais, de US$ 6 ao mês.

Já com relação às horas dedicadas aos dois tipos de mídia, excluindo o período em que as pessoas estão no trabalho ou na escola, o brasileiro é o que menos gastou tempo nessas atividades.

A pesquisa apontou ainda oito itens mais utilizados em mídia tradicional. Nos nove países pesquisados, a TV ainda é o meio mais popular, seguido pelo rádio e, em terceiro lugar, impressos como jornais e revistas.

O Brasil apareceu como o país em que a população gasta menos tempo assistindo televisão e o que mais ouve rádio. Com relação às mídias on-line, todos os países mantiveram quase a mesma média de tempo gasto, com destaque para o Brasil que lidera o acesso a redes sociais e notícias.

"As mudanças do mundo digital tiveram um impacto enorme sobre como nós costumamos consumir publicações, músicas e jornais. Mas ainda estamos no início do processo de transição para a disponibilidade digital a qualquer hora e em qualquer lugar em todos os setores da mídia", afirma Manuel Fernandes, líder do segmento de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil.


Usuário multitarefa
A experiência da "segunda tela" tem permitido que as pessoas interajam com vários aparelhos ligados ao mesmo tempo, muitas vezes assistindo TV enquanto realizam outras tarefas, como navegar na internet em um tablet ou smartphone. A pesquisa ainda levantou dados para traçar o perfil desse usuário no Brasil.

A atividade mais realizada pelos brasileiros foi ver TV e acessar a internet por motivos que excetuam navegar nas redes sociais, por meio de um PC ou laptop, com 57% dos apontamentos; em seguida vem ouvir rádio e acessar à internet por outros motivos que não interagir com redes sociais, a partir de um PC ou laptop, com 39%; e, em terceiro lugar, 37% assistem tevê ao acessar um site de rede social.

Com relação à preferência de consumo, os brasileiros apreciam variedade de conteúdo on-line, mas ainda preferem assistir televisão em aparelhos convencionais. Também se mostraram mais atentos às variadas formas de publicidade, incluindo a digital. Outro ponto destacado pela pesquisa é que os consumidores brasileiros (62%) também estão dispostos a ​​receber publicidade em seus dispositivos móveis, ou em seus PCs, em troca de conteúdo gratuito.

Sobre a pesquisa
A pesquisa Debate Digital ouviu mais de nove mil consumidores da América do Norte (EUA, Canadá), Europa (Alemanha, Espanha, Reino Unido), região Ásia-Pacífico (Austrália, China e Cingapura) e América Latina (Brasil). Na China e Brasil, em razão de suas dimensões continentais, a pesquisa foi realizada apenas em regiões metropolitanas dos dois países.

Em cada mercado, cerca de mil pessoas com mais de 16 anos foram entrevistadas, com exceção dos EUA, onde os entrevistados eram todos de mais de 18 anos, e China e Brasil, onde os dados foram representativos das "populações urbanas". Os dados foram ponderados proporcionalmente por sexo, idade e região. Todos os valores, salvo indicação em contrário, são da YouGov Plc. O trabalho de campo da pesquisa foi realizado entre 1° e 15 de Outubro de 2012.

Acompanhe tudo sobre:InternetMídiaRedes sociaisServiçosTelecomunicações

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble