Microsoft entra na disputa do 5G com plataforma em nuvem Azure
Após banir a Huawei de sua rede de telecomunicações, os EUA têm pressionado grandes empresas americanas a se envolver mais com o 5G
Reuters
Publicado em 28 de setembro de 2020 às 16h41.
Última atualização em 28 de setembro de 2020 às 16h48.
A Microsoft revelou nesta segunda-feira uma nova plataforma em nuvem com objetivo de permitir que operadoras de telecomunicações montem redes 5G mais rápido, reduzam custos e vendam serviços personalizados para clientes empresariais.
Após banir a Huawei de sua rede de telecomunicações, o governo dos Estados Unidos tem pressionado grandes empresas americanas, como a Microsoft, a se envolverem mais com o 5G — tecnologia que permitirá o funcionamento de carros autônomos, cirurgias remotas e maior automatização fabril.
A nova plataforma estará no Azure, principal negócio de computação em nuvem da Microsoft, e a empresa diz que reduzirá os custos de infraestrutura, dará flexibilidade para adicionar serviços sob demanda e usar inteligência artificial para automatizar operações.
Yousef Khalidi, vice-presidente corporativo da Azure Networking, disse à Reuters que isso pode cortar custos em 30% a 40% em alguns casos.
A Microsoft entrou no 5G após a compra das empresas de rede em nuvem Affirmed Networks e Metaswitch no início deste ano.
"O DNA da telco foi obtido por meio dessas aquisições e passamos de um pequeno número de engenheiros neste espaço para centenas de engenheiros", disse Khalidi.
A empresa já fez parceria com empresas que vão desde operadoras de telecomunicações como Verizon e AT&T até empresas de equipamentos de rede como Samsung e Mavenir para usar ou vender a nova plataforma para clientes.
A mudança da Microsoft aumentará a concorrência para os fornecedores de serviços 5G, como Nokia e Ericsson, disse o analista do CCS Insight, Nicholas McQuire.