Microsoft demite mais 650 funcionários do setor de jogos — ao todo, área já cortou 2.550 postos
As novas demissões exibem a dificuldade da Microsoft em equilibrar o negócio desde a aquisição da Activision Blizzard
Repórter
Publicado em 12 de setembro de 2024 às 11h48.
Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 16h28.
A Microsoft anunciou nesta quinta-feira, 12, a demissão de650 funcionáriosda divisão de jogos, conforme um memorando enviado pelo chefe do Xbox, Phil Spencer. As funções afetadas estão concentradas principalmente em áreas corporativas e de suporte.
Spencer afirmou que as demissões fazem parte de uma estratégia para organizar o negócio com foco no“sucesso a longo prazo”, garantindo quenenhum jogo, dispositivo ou estúdio será fechadocomo consequência direta.
As novas demissões elevam o total de funcionários desligados da área de jogos da empresa para 2.550 desde a compra da Activision Blizzard por US$ 69 bilhões, concluída em 2023. Spencer ressaltou que os cortes estão ligados à reestruturação necessária após a aquisição.
Consolidação pós-aquisição
Segundo Spencer, a reorganização visa preparar a Microsoft Gaming para“um crescimento sustentável no futuro”, focando em alinhar melhor os recursos corporativos e de suporte às necessidades dos estúdios e outras unidades de negócio. "Essas mudanças permitirão uma melhor adaptação às prioridades da empresa", completou.
Apesar das demissões, Spencer foi enfático ao afirmar que nenhum projeto importante será afetado. “Nenhum jogo, dispositivo ou experiência está sendo cancelado, e não estamos fechando estúdios”, reiterou.
As demissões ocorrem após outros 1.900 cortes feitos no setor de jogos da Microsoft no início deste ano. Como parte dessas medidas, a empresa já havia fechado o estúdio Tango Gameworks, criador de Hi-Fi Rush, e o estúdio Arkane Austin, responsável por Redfall.