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Microsoft cria divisão de Justiça e Segurança Pública

O objetivo da companhia é estabelecer parcerias com as polícias do Brasil

Microsoft: a intenção da Microsoft é replicar no país experiências semelhantes às de sete outros países em que a empresa já tem uma divisão para a área (Lionel Bonaventure/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 09h31.

São Paulo - A Microsoft anuncia nesta terça-feira, 8, a criação de uma divisão especial para cuidar de assuntos de Justiça e Segurança Pública, com o objetivo de estabelecer parcerias com as polícias do Brasil. A multinacional vai oferecer soluções para o monitoramento e a prevenção de crimes, além de lidar com as áreas de crimes cibernéticos e de defesa nacional.

O anúncio será feito na Laad, feira de segurança e defesa que acontece até quinta-feira, 10, no Rio de Janeiro. Quem comandará a divisão será o coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo Alfredo Deak Júnior.

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A intenção da Microsoft é replicar no País experiências semelhantes às de sete outros países em que a empresa já tem uma divisão para a área. "As novas tendências do mercado de TI, que já aparecem no ambiente empresarial, vão ampliar o horizonte dos governos para melhorar seus serviços à população", diz Mariano de Beer, presidente da Microsoft Brasil.

De acordo com Deak, "a realização de grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíada traz grande potencial aos fornecedores de tecnologia para segurança pública no País".

O novo executivo da Microsoft é coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo e serviu durante 31anos. Ele foi diretor de Tecnologia da PM entre agosto de 2009 e abril de 2012, tendo sido responsável pela implementação de tablets nas viaturas da polícia militar estadual.

Após denúncias de irregularidades - muitos dos tablets adquiridos não funcionavam ou tinham problemas de conectividade à rede, segundo relatório interno feito pela PM- Deak foi transferido para o comando de policiamento de Guarulhos, na Grande São Paulo. O oficial entrou para a reserva da corporação em julho de 2013.

À época, a nota oficial da Secretaria de Segurança Pública não fazia menção ao relatório ou às denúncias sobre os tablets da marca nacional i-MXT, que custaram R$ 25 milhões aos cofres públicos.


Importação. Em seus primeiros passos, a divisão de Segurança Pública e Justiça da Microsoft no País tentará reproduzir experiências de sucesso realizadas em outros países, como o que aconteceu em Nova York, nos Estados Unidos.

Uma parceria entre prefeitura e polícia locais e a empresa produziu um sistema chamado Domain Awareness System (DAS, na sigla em inglês, algo como "sistema de consciência de espaços", em tradução literal).

Por meio do uso de Big Data (isto é, processamento de grandes quantidades de informação), o DAS é capaz de reunir informações de câmeras e sensores espalhados pela cidade e cruzá-las com um banco de dados inteligente formado a partir de ligações de emergência e históricos criminais.

"Com o mapeamento, poderemos verificar os crimes e as questões sociais de maior relevância, gerando um alarme para a autoridade de polícia de maneira rápida", diz Deák.

É o que deve acontecer, por exemplo, quando um caso de roubo for comunicado via telefone em um semáforo específico da cidade. O banco de dados poderá tanto verificar outros casos de roubo naquele local quanto acessar imagens de câmeras próximas para enviá-las ao batalhão mais próximo.

Além da experiência, a nova divisão da Microsoft chega ao País com parcerias já estabelecidas com outras empresas do ramo de tecnologia, como a Motorola (responsável por radiocomunicação) e a Genetec (vídeo monitoramento).

Na visão de Deak, a divisão de Justiça e Segurança Pública mostra um lado da empresa que deve ser cada vez mais conhecido. “Além dos produtos, nós desenvolvemos inovação em soluções. É algo que o Brasil vai vivenciar cada vez mais.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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