Tecnologia

Microsoft chega aos 36 anos assombrada pelos tablets

Fundada em abril de 1975, a Microsoft completa 36 anos como uma empresa importante e lucrativa, mas lenta para acompanhar os avanços tecnológicos mais recentes

Estande da Microsoft na CES 2011: a empresa se mantém lucrativa e em crescimento, mas sua agilidade para acompanhar as mudanças tecnológicas é questionada (Justin Sullivan/Getty Images)

Estande da Microsoft na CES 2011: a empresa se mantém lucrativa e em crescimento, mas sua agilidade para acompanhar as mudanças tecnológicas é questionada (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 10h20.

São Paulo — No dia 4 de abril de 1975, nascia a Microsoft. São 36 anos de existência da companhia fundada por Bill Gates e Paul Allen, na época amigos (hoje, nem tanto).

Era janeiro daquele ano e os então colegas de infância estavam excitados com um artigo que falava do microcomputador Mits Altair 8800. Queriam criar um interpretador de linguagem Basic para ele, uma espécie de tradutor que converte as instruções escritas pelo programador na linguagem da máquina. E foi Allen quem conseguiu vender a ideia ao pessoal da Micro Instrumentation and Telemetry Systems, mais conhecida pela sigla Mits.

Paul, então, mudou-se para Albuquerque, no Novo Mexico, em janeiro de 1975, para se tornar diretor de software da Mits. Gates largou o curso universitário em Harvard e juntou-se ao amigo. Allen, 22 anos, e Gates, 19, seguiram com o Altair Basic até março daquele anos. No mês seguinte, selaram a parceria pelo projeto Micro-soft. A nova empresa também criou versões do Basic para o campeão de vendas na época, o Apple II e para o TRS-80, da Radio Shack.

Surge o MS-DOS

Já com o nome Microsoft, a empresa mudou-se, em 1979, de Albuquerque para Bellevue, cidade vizinha a Seattle, no estado Washington. Em 1980, a IBM planejava lançar seu computador pessoal, o IBM PC, com o sistema CP/M, da Digital Research. Mas as negociações com essa empresa não deram certo. Foi então que a Big Blue resolveu procurar a Microsoft para desenvolver o sistema operacional do PC.

Após fechar contrato de licenciamento do sistema DOS para a IBM, Gates e Allen foram atrás da nanica Seatlle Computer, criadora do ainda tosco sistema operacional QDOS. Adquiriram o sistema por irrisórios US$ 50 mil.

A Microsoft, então, o adaptou e criou o PC-DOS. O contrato com a IBM previa um royalty, entre 10 e 50 dólares por máquina vendida, mais um pequeno pagamento inicial. Só que o sistema continuava sendo propriedade da Microsoft, que podia distribuir versões modificadas (MS-DOS). Foi um ótimo negócio para Bill Gates e sua turma.


Já considerada uma empresa extremamente promissora, a Microsoft mudou-se novamente em 1986. Foi para Redmond, também nas vizinhanças de Seattle, no estado de Washington, onde está até hoje. Ainda na década de 80, a Microsoft criou o Windows 1.0 para enfrentar o Mac OS (na época chamado de System 1.0). Mas foram os seus sucessores, da década de 1990, que fizeram sucesso.

A Microsoft, que usufruía de enorme expansão no mercado de PCs, criou duas linhas de sistemas operacionais: uma derivada do Windows e do DOS e outra de sistemas operacionais totalmente gráficos e orientados a servidores, o Windows NT.

O Windows XP chegou em 2001, unificando as linhas. Seu sucessor, o Windows Vista, modificou completamente a interface gráfica, mas não agradou ao público. Em outubro de 2009, a Microsoft lançou o Windows 7, um produto de enorme sucesso.

Com medo dos tablets

A Microsoft, em breve, deve anunciar detalhes do Windows 8. As informações que vazam sobre o sistema operacional, por ora, revelam que a empresa busca produzir um software que funcione também em tablets. Embora o Windows 7 funcione em computadores com tela sensível ao toque, ele combina melhor com teclado e mouse, e é pesado demais para o hardware enxuto dos tablets.

Neles, o predomínio é do iOS, que roda no iPad, da Apple, e do Android, do Google, presente em modelos de vários fabricantes. Com o Windows 8, a empresa fundada por Gates e Allen espera poder enfrentar melhor esses adversários. Se não conseguir, ela pode perder força no mercado à medida que os tablets substituem os PCs em muitas situações.

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