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Marroquinos organizam "levante popular" através do Facebook

Levante popular organizado por jovens foi marcado para o próximo dia 20

Como no Egito, jovens militantes usam Facebook para pedir reconstrução democrática (Getty Images)

Como no Egito, jovens militantes usam Facebook para pedir reconstrução democrática (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 17h55.

Rabat - Milhares de jovens marroquinos se organizaram através do Facebook, para promover, no próximo dia 20, "um levante popular" no qual dizem que será pedida uma constituição democrática.

Há dez dias, quatro pessoas se conheceram pela internet e decidiram abrir um grupo no Facebook denominado "Democracia e Liberdade Agora". Nesta quarta-feira, já são cinco as páginas que no Marrocos lutam pelos mesmos ideais, e que conseguiram reunir mais de 12 mil pessoas que unem suas forças através da internet.

"Somos jovens marroquinos que perderam a confiança nos políticos, que só servem a seus interesses pessoais e esquecem o povo e suas preocupações", explicou em entrevista à Agência Efe, Osama El Jlifi, de 23 anos, um dos administradores do citado grupo.

O jovem, único dos membros que por enquanto apareceu em público ("www.youtube.com/watch?v=UzSWmnyzrxs"), ressaltou que a intenção dos manifestantes "é romper a barreira do medo que os jovens marroquinos têm do regime".

Segundo ele, os marroquinos "não são súditos, mas cidadãos que querem gozar de liberdade e decidir sobre seu destino com suas próprias mãos".

A respeito de suas reivindicações, o jovem comentou que estas "começam com o estabelecimento de um regime parlamentar no qual o rei seja soberano, mas não controle o poder executivo".

Além disso, pediu "a anulação da constituição atual e a criação de uma comissão institucional que outorgue ao Marrocos uma nova carta magna coerente" com suas reivindicações políticas.

Uma das medidas mais urgentes que os organizadores do levante querem é "que se dissolvam todas as instituições como o governo, o parlamento e os partidos políticos cúmplices do regime".

O "Democracia e Liberdade Agora" quer que os protestos do dia 20 de fevereiro não se limitem apenas à capital Rabat, e pretendem que se estendam a todas as cidades marroquinas.

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