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Mark Zuckerberg anuncia a compra do Instagram pelo Facebook

Mark Zuckerberg anuncia que o Facebook fechou a compra do Instagram, popular app para compartilhamento de fotos em smartphones

O Instagram tem mais de 30 milhões de usuários no iPhone e  acaba de ganhar uma versão para Android (Reprodução)

O Instagram tem mais de 30 milhões de usuários no iPhone e acaba de ganhar uma versão para Android (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 9 de abril de 2012 às 15h34.

São Paulo — Numa nota em sua página no Facebook, Mark Zuckerberg anuncia que o Facebook fechou a compra do Instagram, o popular aplicativo para compartilhamento de fotos em smartphones que já passa de 30 milhões de usuários. "Estou entusiasmado por compartilhar a notícia de que fechamos a aquisição do Instagram e de que o talentoso time deles vai se juntar ao Facebook", escreveu Zuckerberg. Um comunicado do Facebook diz que o negócio foi fechado por aproximadamente 1 bilhão de dólares.

O Instagram foi criado em São Francisco, na Califórnia, pela Burbn, empresa fundada pelo brasileiro Mike Krieger e pelo americano Kevin Systrom. O aplicativo permite fotografar, aplicar efeitos às fotos e compartlhá-las em várias redes sociais, incluindo o Facebook. Em cerca de um ano e meio, o app conquistou 30 milhões de usuários no iPhone. A versão para Android, liberada na semana passada, rapidamente atingiu a marca dois mil registros de novos usuários por minuto.

Em seu post no Facebook, Zuckerberg diz que o Istagram vai continuar sendo desenvolvido como  produto independente. "Acreditamos que são experiências diferentes que se complementam", escreveu ele. "Temos de ser cuidadosos ao explorar os pontos fortes do Instagram em vez de apenas tentar integrar tudo ao Facebook."

Zuckerberg diz, também, que a empresa vai preservar a possibilidade de compartilhar fotos em outras redes sociais. O compartilhamento no Facebook vai continuar sendo opcional. "Também vamos manter a opção de o usuário seguir pessoas e ser seguido por elas independentemente dos amigos que ele tem no Facebook", escreveu ele. O plano, diz ele, é ir incorporando recuros do Instagram ao Facebook. "Também vamos ajudar o Instagram a crescer com nossa equipe de engenharia e nossa infraestrutura", diz. Zuckerberg.


Kevin Systrom, CEO da Burbn, também noticiou a venda da empresa. "É importante deixar claro que o Instagram não vai desaparecer. Vamos trabalhar com o Facebook para aperfeiçoar o Instagram e ampliar nossa rede. Vamos continuar a adicionar novos recursos ao produto e encontrar novas maneiras de criar uma experiência com fotos no smartphone ainda melhor", escreveu ele no site da empresa. 

O caminho da venda

Zuckerberg diz que é a primeira vez que o Facebook compra uma empresa com tantos usuários. É verdade. Mas a compra não é de todo surpreendente. Desde que foi fundada, em 2010, a Burbn vive do dinheiro de investidores e não gera receita. Em algum momento, os fundadores teriam de vendê-la ou monetizar o Instagram.

As opções de monetização mais óbvias seriam veicular anúncios ou lançar uma versão paga do aplicativo.Nenhuma delas parece combinar muito com o Instagram. O app fez sucesso, em boa parte, por ser gratuito e muito fácil de usar. Para fotografar com ele, não há muito mais a fazer além de dar um toque num botão virtual na tela. Uma versão paga teria de trazer mais recursos e seria, possivelmente, mais complexa.

E há outros indícios de que Systrom e Krieger se encaminhavam para a opção da venda. O Instagram funciona como uma rede social, com seu próprio serviço de compartilhamento de fotos na internet. Mas a dupla não produziu uma interface para que as pessoas possam ver as fotos no browser. Para vê-las, é preciso usar ferramentas de terceiros ou o próprio aplicativo.

Ou seja, a Burbn não tentou competir com o Facebook e nem com serviços de compartihamento de fotos como o Flickr. Em vez disso, ela se concentrou no aplicativo, que se tornou um bom complemento aos recursos para publicação de fotos do próprio Facebook.

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