Malaysia Airlines (Wikimedia/Laurent ERRERA)
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2014 às 08h51.
Malásia, China e Austrália concordaram em reexaminar todos os dados relacionados ao desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines para melhor definir a área de buscas, disse o ministro dos Transportes da Malásia nesta quinta-feira, no momento em que as investigações entram em uma nova fase.
Os três países também concordaram em uma reunião em Canberra na semana passada em realizar um levantamento para mapear o fundo do oceano e adquirir veículos e equipamentos adequados para as buscas, disse o ministro Hishammuddin Hussein a jornalistas em Kuala Lumpur.
"Eu informei o gabinete do governo da Malásia ontem sobre o resultado da reunião, e foi decidido. Agora tenho a autorização para anunciar que os detalhes da fase de transição foram aprovados pelo governo da Malásia", ele disse.
O Boeing 777 com 239 pessoas a bordo desapareceu em 8 de março, durante um voo regular entre Kuala Lumpur e Pequim. Acredita-se que a aeronave caiu no Oceano Índico, ao largo da Austrália ocidental. Cerca de dois terços dos passageiros eram cidadãos chineses.
A Austrália ficaria com a responsabilidade de conseguir novos equipamentos de busca de empresas contratadas, disse Hishammuddin, enquanto a Malásia e China deveriam enviar equipamentos e serviços adicionais para as buscas.
O ministro disse ainda que iria discutir a possibilidade de mais ajuda técnica dos EUA com o secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, em uma cúpula na Cingapura no final deste mês.
Os três governos vão realizar videoconferências semanais para coordenar a pesquisa, a partir de segunda-feira.
Com base na análise inovadora de informações de satélites enviadas do avião antes de sua suposta queda, os pesquisadores acreditavam que a posição aproximada de destroços do avião estaria ficaria cerca de 1.550 quilômetros a noroeste de Perth. A busca foi concentrada em uma região com base em sinais acústicos que teriam vindo de gravadores da caixa preta da aeronave antes de suas baterias se esgotarem.
Uma grande operação de busca envolvendo satélites, aviões, navios e equipamentos subaquáticos sofisticados, capazes de vasculhar o fundo do oceano, não conseguiu localizar nenhum vestígio do avião.