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Maioria descumpre meta da Anatel para internet móvel

Meta traçada pela agência para a taxa de acesso à rede de dados era de 98%, mas as companhias de telecomunicações atingiram apenas 96,71%

Acessos em dispositivos: em abril, somente a Claro cumpriu a meta da taxa de acesso à rede, com 98,94%. A Vivo atingiu 96,10%; a TIM, 95,98%; e a Oi, 95,45% (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 16h12.

Brasília - A maioria das empresas de telecomunicações ainda não cumpre as metas de qualidade para internet móvel estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A meta traçada para a taxa de acesso à rede de dados era de 98%, mas as companhias atingiram 96,71%. Os dados foram apresentados pela agência reguladora em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 26.

O indicador mostra a quantidade de vezes que o usuário consegue entrar na internet por meio do celular. Em abril, somente a Claro cumpriu a meta da taxa de acesso à rede, com 98,94%. A Vivo atingiu 96,10%; a TIM, 95,98%; e a Oi, 95,45%.

Na divisão de acesso por tecnologia, todas as companhias atingiram o objetivo na rede 3G, de 98%. O principal problema no acesso à internet móvel está nas conexões 2G, em que somente a Claro atingiu a meta de 98%, com porcentual de 98,96%. Já a TIM chegou a 95,81%; Vivo, 95,71%; e Oi, 95,41%.

"A rede de dados precisa alcançar os níveis de qualidade que a Anatel impôs. Houve uma melhora, mas é preciso avançar ainda mais", afirmou o presidente da Anatel, João Rezende. "As empresas precisam investir mais para atingir esses objetivos."

As metas traçadas pela Anatel para outros três indicadores de acesso à voz e dados foram cumpridas pelas companhias. O indicador de taxa de acesso à rede de voz, que tinha meta de 95%, atingiu 96,45% em abril. O indicador de taxa de queda na rede de voz, cuja meta era de, no máximo, 2%, chegou a 0,86%. E o indicador de taxa de queda na rede de dados, cuja meta era de, no máximo, 5%, ficou em 1,57%.

Um ano após a medida cautelar que suspendeu as vendas de TIM, Claro e Vivo por 11 dias, o presidente da Anatel avalia que os serviços de telecomunicações melhoraram. Apesar disso, a quantidade de usuários que fazem reclamações no call center do órgão regulador cresceu no período. De janeiro a junho, a média mensal de ligações chegou a 660 mil, ante 518 mil no primeiro semestre do ano passado. Segundo a Anatel, 40% dos contatos são reclamações.

Para o superintende de Controle de Obrigações da Anatel, Roberto Pinto Martins, o aumento na quantidade de reclamações no call center não significa que o serviço prestado pelas empresas de telecomunicação piorou ou não melhorou. "As pessoas podem ter se sentido mais dispostas a procurar a Anatel para reclamar", observou.

Rodrigo Zerbone, conselheiro da Anatel, afirmou que houve uma reversão na curva de queda da qualidade dos serviços. "Nossa projeção, quando editamos a cautelar, era que o serviço tinha tendência de piora constante se nada fosse feito. Com a cautelar, houve uma estabilização na tendência de piora do serviço e, depois, uma melhora", afirmou. "Sabemos que os investimentos em rede demoram para dar resultado e esperamos uma reversão nessa curva."


De agosto do ano passado a abril deste ano, 6,1 milhões de usuários foram agregados à rede. No período, 8,4 milhões de linhas de 2G foram canceladas, mas 14,5 milhões de linhas de 3G foram habilitadas. No 4G, foram 48.459 adições. A empresa que mais agregou clientes para o 3G foi a Claro, com 9,9 milhões; seguida pela Oi, com 2,9 milhões; e Vivo, com 2,4 milhões. No período, a TIM perdeu 861,8 mil usuários na rede 3G, e foi a única que agregou usuário à rede 2G, com 3,2 milhões.

"Cada empresa tem uma estratégia, mas o que podemos notar é que está havendo uma migração para a experiência de banda larga móvel e internet no celular. Isso mostra que de fato as empresas têm que cuidar bastante dos investimentos em rede e antenas", afirmou Rezende.

Operadoras e reclamações

A principal reclamação que chega ao call center da Anatel ainda é em relação à cobrança. Na base de pós-pago, os problemas com cobrança chegaram a 48% das 81.238 reclamações em junho. Entre os clientes dos celulares pré-pagos, foram 23% das 29.289 queixas.

Em abril, no call center da Anatel, as reclamações por problemas de rede foram lideradas pela TIM, com 3,5 mil; seguida por Claro, com 2,5 mil; Vivo, com 1,6 mil; e Oi, com 1,5 mil. Já a quantidade de reclamações gerais por mil usuários foram lideradas pela Oi, com 0,64, seguida por Claro, com 0,47; TIM, com 0,36; e Vivo, com 0,32.

Segundo a Anatel, a rede 2G abrange hoje 5.565 municípios; a 3G, 3.158; e a 4G, 51. Em junho de 2012, havia 55.448 antenas licenciadas em todo o País. Agora, são 59.369.

O balanço da Anatel é feito trimestralmente e inclui cidades com mais de 300 mil habitantes. O órgão regulador pretende ampliar a fiscalização para todos os municípios brasileiros e divulgar um ranking de qualidade por Estado. Além disso, haverá indicadores específicos sobre o acesso em horários de pico.

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Brasília - A maioria das empresas de telecomunicações ainda não cumpre as metas de qualidade para internet móvel estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A meta traçada para a taxa de acesso à rede de dados era de 98%, mas as companhias atingiram 96,71%. Os dados foram apresentados pela agência reguladora em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 26.

O indicador mostra a quantidade de vezes que o usuário consegue entrar na internet por meio do celular. Em abril, somente a Claro cumpriu a meta da taxa de acesso à rede, com 98,94%. A Vivo atingiu 96,10%; a TIM, 95,98%; e a Oi, 95,45%.

Na divisão de acesso por tecnologia, todas as companhias atingiram o objetivo na rede 3G, de 98%. O principal problema no acesso à internet móvel está nas conexões 2G, em que somente a Claro atingiu a meta de 98%, com porcentual de 98,96%. Já a TIM chegou a 95,81%; Vivo, 95,71%; e Oi, 95,41%.

"A rede de dados precisa alcançar os níveis de qualidade que a Anatel impôs. Houve uma melhora, mas é preciso avançar ainda mais", afirmou o presidente da Anatel, João Rezende. "As empresas precisam investir mais para atingir esses objetivos."

As metas traçadas pela Anatel para outros três indicadores de acesso à voz e dados foram cumpridas pelas companhias. O indicador de taxa de acesso à rede de voz, que tinha meta de 95%, atingiu 96,45% em abril. O indicador de taxa de queda na rede de voz, cuja meta era de, no máximo, 2%, chegou a 0,86%. E o indicador de taxa de queda na rede de dados, cuja meta era de, no máximo, 5%, ficou em 1,57%.

Um ano após a medida cautelar que suspendeu as vendas de TIM, Claro e Vivo por 11 dias, o presidente da Anatel avalia que os serviços de telecomunicações melhoraram. Apesar disso, a quantidade de usuários que fazem reclamações no call center do órgão regulador cresceu no período. De janeiro a junho, a média mensal de ligações chegou a 660 mil, ante 518 mil no primeiro semestre do ano passado. Segundo a Anatel, 40% dos contatos são reclamações.

Para o superintende de Controle de Obrigações da Anatel, Roberto Pinto Martins, o aumento na quantidade de reclamações no call center não significa que o serviço prestado pelas empresas de telecomunicação piorou ou não melhorou. "As pessoas podem ter se sentido mais dispostas a procurar a Anatel para reclamar", observou.

Rodrigo Zerbone, conselheiro da Anatel, afirmou que houve uma reversão na curva de queda da qualidade dos serviços. "Nossa projeção, quando editamos a cautelar, era que o serviço tinha tendência de piora constante se nada fosse feito. Com a cautelar, houve uma estabilização na tendência de piora do serviço e, depois, uma melhora", afirmou. "Sabemos que os investimentos em rede demoram para dar resultado e esperamos uma reversão nessa curva."


De agosto do ano passado a abril deste ano, 6,1 milhões de usuários foram agregados à rede. No período, 8,4 milhões de linhas de 2G foram canceladas, mas 14,5 milhões de linhas de 3G foram habilitadas. No 4G, foram 48.459 adições. A empresa que mais agregou clientes para o 3G foi a Claro, com 9,9 milhões; seguida pela Oi, com 2,9 milhões; e Vivo, com 2,4 milhões. No período, a TIM perdeu 861,8 mil usuários na rede 3G, e foi a única que agregou usuário à rede 2G, com 3,2 milhões.

"Cada empresa tem uma estratégia, mas o que podemos notar é que está havendo uma migração para a experiência de banda larga móvel e internet no celular. Isso mostra que de fato as empresas têm que cuidar bastante dos investimentos em rede e antenas", afirmou Rezende.

Operadoras e reclamações

A principal reclamação que chega ao call center da Anatel ainda é em relação à cobrança. Na base de pós-pago, os problemas com cobrança chegaram a 48% das 81.238 reclamações em junho. Entre os clientes dos celulares pré-pagos, foram 23% das 29.289 queixas.

Em abril, no call center da Anatel, as reclamações por problemas de rede foram lideradas pela TIM, com 3,5 mil; seguida por Claro, com 2,5 mil; Vivo, com 1,6 mil; e Oi, com 1,5 mil. Já a quantidade de reclamações gerais por mil usuários foram lideradas pela Oi, com 0,64, seguida por Claro, com 0,47; TIM, com 0,36; e Vivo, com 0,32.

Segundo a Anatel, a rede 2G abrange hoje 5.565 municípios; a 3G, 3.158; e a 4G, 51. Em junho de 2012, havia 55.448 antenas licenciadas em todo o País. Agora, são 59.369.

O balanço da Anatel é feito trimestralmente e inclui cidades com mais de 300 mil habitantes. O órgão regulador pretende ampliar a fiscalização para todos os municípios brasileiros e divulgar um ranking de qualidade por Estado. Além disso, haverá indicadores específicos sobre o acesso em horários de pico.

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