EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h38.
Mas será que é mesmo assim? Na hora de projetar e executar sites, muita gente tem optado pelo que há de mais avançado em máquinas e programas. Também procura habitar suas páginas com novidades em termos visuais. Esse tipo de escolha freqüentemente deixa de lado uma análise objetiva do projeto. Nem sempre a ferramenta escolhida é a mais adequada. Muitas vezes é superdimensionada. Convenhamos: nem todos os sites de comércio eletrônico serão uma Amazon.com e nem todos os sites de conteúdo serão uma CNN. Por que, então, querer softwares iguais aos deles? Nivelar por cima o padrão tecnológico é uma estratégia duplamente equivocada. Em primeiro lugar porque acaba elevando os custos. Em segundo lugar porque o excesso de recursos visuais pode afastar parte do público. Os erros costumam aparecer em três aspectos:
Exagero no software - Foi-se o tempo em que o software de servidor web era "a" infra-estrutura de um site. Hoje ele é uma pequena parcela. A complexidade dos projetos fez com que novas categorias de servidores surgissem. Servidores de aplicação, de e-commerce, de banners, de medição de audiência, de streaming, aliados a bancos de dados, templates, scripts... A lista de componentes não tem fim.
E o preço muito menos.
Fazer um site dinâmico é uma tentação. Mas é bom resistir a ela tanto quanto possível. Não tem sentido gastar recursos em bancos de dados, templates e mecanismos de publicação para administrar um site institucional, por exemplo. Isso significa voltar ao HTML "feito a mão"? Em absoluto. Há alternativas baratas e eficientes, como Includes ou sistemas de publicação vinculados aos softwares de autoria.
Exagero no hardware - Quanto mais complicado for o software, mais hardware é necessário. E, claro, tudo precisa ser redundante, com as devidas estruturas de segurança. Facilmente, num projeto dinâmico completo, chega-se à casa de dezenas de servidores.
Excessos visuais - Não custa lembrar: web não é televisão. Cada tela, browser e sistema operacional têm particularidades que farão com que o conteúdo seja visto de forma diferente. Quanto mais sofisticados os recursos de design, maior a chance de que parte da audiência não consiga vê-los. Nada contra Flash, JavaScripts ou applets Java. Mas, sempre que eles puderem ser evitados, melhor. Está cada vez mais comum, por exemplo, usar Flash em situações em que ele poderia ser substituído por GIFs.
Há pouco ganho visual na troca - e se 10% do público deixar de ver a ilustração por falta do plug-in, o balanço terá sido negativo. Em outras palavras, na web, como na moda, muitas vezes menos é mais.