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Lojas reforçam servidores e logística para a Black Friday

Sites fora do ar ou lentos demais são um problema comum na Black Friday. Muitas lojas reforçaram sua estrutura de TI para evitar transtornos neste ano


	Data center em São Paulo: capacidade extra para a Black Friday
 (Luísa Melo/Exame.com)

Data center em São Paulo: capacidade extra para a Black Friday (Luísa Melo/Exame.com)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 17h18.

São Paulo -- Sites fora do ar ou lentos demais foram um problema constante na Black Friday do ano passado. Neste ano, muitas lojas preveniram-se reforçando os servidores e a logística para evitar, ou pelo menos reduzir, o problema. 

“Nossos clientes ficaram preocupados. As pesquisas mostram que, se alguém entra numa loja online e fica esperando mais de 6 segundos pelo carregamento da página, já tende a desistir e procurar outro site”, disse a EXAME.com Jonas Silva, diretor de canais da Akamai para a América Latina.

Segundo Silva, a Akamai distribui, na internet, conteúdo de nove das dez maiores lojas online brasileiras. Ele não cita nomes, mas uma busca no site especializado CDN Planet revela que a empresa tem, no Brasil, clientes como Submarino, Ponto Frio, Extra e Walmart. 

Silva diz que, no Brasil, na semana da Black Friday 2012, o tráfego de dados nos computadores da Akamai foi 33% acima da média. Nos Estados Unidos, onde muitas promoções já começaram, a empresa registrava, por volta das 17h de hoje, tráfego 171% acima do normal.

Para lidar com a sobrecarga, as lojas contratam capacidade extra nos data centers e serviços como os da Akamai, que armazena o conteúdo do site em diversos locais. Assim, cada consumidor recebe os arquivos do centro de dados mais próximo dele, o que reduz o tempo de resposta. 

No caso do conteúdo dinâmico, como informações de cadastro, estoque e pagamentos, um truque comum é privilegiar os clientes que já fizeram compras na loja antes. Para eles, o processo de concluir a compra e fazer o pagamento pode ser mais rápido.

Já quem compra pela primeira vez numa loja pode ficar numa fila de espera. “As lojas aproveitam essa espera para exibir outras ofertas a esses clientes”, diz Silva.


Leandro Ramos, fundador e CEO da loja online KaBuM!, contou a EXAME.com que trabalhou durante toda a noite de quarta para quinta-feira acompanhando a preparação do site para a Black Friday. 

“Tivemos problemas no ano passado. Chegamos a ter 70 mil pessoas ao mesmo tempo no site. Neste ano, nos preparamos reforçando toda a nossa estrutura de TI e de logística. Passamos de 17 para 150 servidores”, diz Ramos. 

Ele descreve a Black Friday como “o dia mais louco do ano”. A KaBuM! anuncia uma nova oferta a cada 15 minutos no Facebook, começando à meia-noite. Em 2012, a oferta que durou mais tempo foi um lote de 600 pen drives, vendidos em 48 segundos. 

Já a oferta que durou menos tempo oferecia cem smartphones Galaxy S III, da Samsung, por 999 reais cada um. Foram todos vendidos em apenas 9 segundos. 

“Nos Estados Unidos, o foco da Black Friday são as lojas físicas. A internet é usada para levar pessoas a essas lojas. A liquidação online, lá, acontece na Cyber Monday, que é a próxima segunda-feira. No Brasil é diferente. Aqui a Black Friday é feita principalmente no comércio eletrônico”, observa Jonas Silva. 

Resta saber se as providências tomadas pelas lojas brasileiras serão suficientes para garantir compras tranquilas. Os consumidores vão descobrir isso a partir da meia-noite.

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