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Liberdade na internet cai em 36 países, afirma ONG

Em alguns casos, os governos usam as revelações sobre programas de vigilância da agência americana NSA para justificar iniciativas que buscam controlar mais os usuár

ira (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 18h21.

A liberdade de expressão na Internet sofreu este ano com medidas tomadas por um número crescente de países para reforçar a censura, que se amparam, por vezes, em programas de vigilância americanos, revela um informe publicado nesta quinta-feira.

A liberdade na Internet diminuiu em 36 dos 65 países pesquisados, segundo a associação Freedom House.

Em alguns casos, os governos usam as revelações sobre programas de vigilância da agência americana NSA para justificar iniciativas que buscam controlar mais os usuários na Internet e reprimir dissidentes.

"Vários países aprovam leis que legitimam a repressão existente e criminalizam de fato a dissidência online", destaca o informe da Freedom House.

"Mais pessoas são detidas devido às suas atividades na Internet e se exerce uma pressão cada vez maior sobre os meios online a fim de que eles mesmos se censurem ou para ameaçá-los com processos judiciais e as empresas privadas devem enfrentar novos processos dos governos para entregar dados ou apagá-los", criticou o informe.

Segundo a organização, o Irã é o país que dá menos liberdade na Internet, seguido de perto de Síria, China, Cuba, Etiópia e Uzbequistão.

Dezenove países são considerados "livres", encabeçados por Islândia e Estônia. Trinta e um países são considerados parcialmente livres e 19, "não livres".

Na maioria dos países, há uma diminuição da liberdade na Internet, destacou a Freedom House.

Quarenta e um países aprovaram ou propuseram leis para condenar criminalmente ou limitar a expressão na Internet e, inclusive, ampliar sua vigilância entre maio de 2013 e maio de 2014, explicou o informe, cujo autor, Sanja Kelly, qualifica como "preocupante" esta tendência.

"Dezenas de jornalistas cidadãos foram agredidos enquanto trabalhavam na guerra da Síria e nas manifestações antigovernamentais em Egito, Turquia e Ucrânia", destacou.

O informe revela ainda fortes restrições online na Rússia e na Turquia, com um aumento significativo em Ucrânia, Angola e Azerbaijão.

 

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