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Lenovo assume liderança do mercado de PCs no Brasil

A nova posição, conquistada neste terceiro trimestre, mereceu destaque no anúncio global dos resultados da Lenovo

Computador da Lenovo: desde a aquisição da CCE, a empresa deixou claro que seu objetivo era assumir a liderança de mercado, mas em três anos (David Paul Morris/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 16h35.

São Paulo - Dois anos antes do previsto, a gigante chinesa Lenovo assumiu a liderança no Brasil do mercado de computadores (notebooks e desktops), excluindo-se tablets, desbancando a Positivo Informática, segundo dados preliminares de dois institutos de pesquisa, que preferiram não se identificar por questões contratuais.

A nova posição, conquistada neste terceiro trimestre, mereceu destaque no anúncio global dos resultados da Lenovo, que classificou o desempenho como uma consequência da "sólida" integração com a CCE, empresa brasileira adquirida pelos chineses em setembro do ano passado por R$ 300 milhões.

"Com uma forte execução da aquisição da CCE e uma nova fábrica no Brasil, o terceiro maior mercado de computadores do mundo, a Lenovo atingiu a liderança nesse mercado", afirmou a empresa, informando que sua fatia atingiu 17,8%, mas sem citar a fonte.

Desde a aquisição da CCE, a Lenovo deixou claro que seu objetivo era assumir a liderança de mercado, mas em três anos. O presidente mundial da companhia, Yang Yuanqing, afirmou na oportunidade que o Brasil era o único dos grandes mercados em que a empresa não estava entre as três maiores forças.

Segundo informações de sua apresentação a investidores, a Lenovo é líder mundial em PCs com 17,7% de fatia de mercado, levemente à frente da HP (17,6%). A Lenovo informa que é maior vendedora de computadores nos mercados da China, Japão, Brasil, Alemanha e Rússia.

No Brasil, as marcas CCE e Lenovo continuaram separadas e suas estratégias independentes. A Lenovo está usando sua cadeia global de componentes para fabricação dos produtos da CCE, o que ajuda a reduzir custos no momento da importação dos componentes usados para fabricação das máquinas, cotados em dólar.

Com uma fábrica inaugurada no início deste ano no interior de São Paulo, a estratégia da Lenovo foi lançar a marca CCE como, se chama no jargão do varejo, de "ataque". Segundo fontes do setor, a fábrica passou a operar a pleno neste segundo semestre e a companhia está inundando o varejo com máquinas a preços baixos.

Enquanto isso, a Positivo vem enfrentando problemas com a valorização do dólar. Segundo o relatório do Credit Suisse, os esforços em repassar ao varejo o impacto do dólar sobre os custos devem afetar as vendas da empresa, que pelas projeções podem cair 7,6% em unidades neste terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado.

Outro analista, que preferiu não ser identificado, ressalta que a empresa foi forçada a repassar a alta dos insumos aos produtos, o que deverá causar uma queda nas vendas e uma consequente perda de fatia de mercado. A previsão da Positivo é divulgar seus resultados dia 11 de novembro.

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São Paulo - Dois anos antes do previsto, a gigante chinesa Lenovo assumiu a liderança no Brasil do mercado de computadores (notebooks e desktops), excluindo-se tablets, desbancando a Positivo Informática, segundo dados preliminares de dois institutos de pesquisa, que preferiram não se identificar por questões contratuais.

A nova posição, conquistada neste terceiro trimestre, mereceu destaque no anúncio global dos resultados da Lenovo, que classificou o desempenho como uma consequência da "sólida" integração com a CCE, empresa brasileira adquirida pelos chineses em setembro do ano passado por R$ 300 milhões.

"Com uma forte execução da aquisição da CCE e uma nova fábrica no Brasil, o terceiro maior mercado de computadores do mundo, a Lenovo atingiu a liderança nesse mercado", afirmou a empresa, informando que sua fatia atingiu 17,8%, mas sem citar a fonte.

Desde a aquisição da CCE, a Lenovo deixou claro que seu objetivo era assumir a liderança de mercado, mas em três anos. O presidente mundial da companhia, Yang Yuanqing, afirmou na oportunidade que o Brasil era o único dos grandes mercados em que a empresa não estava entre as três maiores forças.

Segundo informações de sua apresentação a investidores, a Lenovo é líder mundial em PCs com 17,7% de fatia de mercado, levemente à frente da HP (17,6%). A Lenovo informa que é maior vendedora de computadores nos mercados da China, Japão, Brasil, Alemanha e Rússia.

No Brasil, as marcas CCE e Lenovo continuaram separadas e suas estratégias independentes. A Lenovo está usando sua cadeia global de componentes para fabricação dos produtos da CCE, o que ajuda a reduzir custos no momento da importação dos componentes usados para fabricação das máquinas, cotados em dólar.

Com uma fábrica inaugurada no início deste ano no interior de São Paulo, a estratégia da Lenovo foi lançar a marca CCE como, se chama no jargão do varejo, de "ataque". Segundo fontes do setor, a fábrica passou a operar a pleno neste segundo semestre e a companhia está inundando o varejo com máquinas a preços baixos.

Enquanto isso, a Positivo vem enfrentando problemas com a valorização do dólar. Segundo o relatório do Credit Suisse, os esforços em repassar ao varejo o impacto do dólar sobre os custos devem afetar as vendas da empresa, que pelas projeções podem cair 7,6% em unidades neste terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado.

Outro analista, que preferiu não ser identificado, ressalta que a empresa foi forçada a repassar a alta dos insumos aos produtos, o que deverá causar uma queda nas vendas e uma consequente perda de fatia de mercado. A previsão da Positivo é divulgar seus resultados dia 11 de novembro.

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