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Lei de Informática não é a ideal, segundo ministro Eduardo Campos

Para o ministro, lei é mais avançada que a vigente desde os anos 80, mas concentra-se apenas sobre a fabricação de equipamentos

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h44.

A nova Lei de Informática, aprovada pelo Senado nesta quinta-feira (16/9), é um avanço quanto à legislação vigente desde os anos 80, mas ainda está longe do ideal. "Esta não é a lei dos nossos sonhos", afirma o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos. "Ainda assim, é bem melhor do que a da década de 80", diz.

Segundo Campos, a lei não atende totalmente aos interesses do setor, porque seu foco é a fabricação de equipamentos de informática (hardwares), segmento favorecido pela reserva de mercado nos anos 80. "De qualquer modo, a lei estimulará os investimentos em pesquisa e desenvolvimento", diz. Por isso, o ministro afirma que é necessário um amplo debate sobre os impactos da aplicação dos recursos no desenvolvimento tecnológico das empresas.

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Atualmente, as companhias contam com os recursos do fundo setorial de informática. Conforme dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, o orçamento total dos fundos, em 2004, é de 1,412 bilhão de reais, dos quais, apenas 601,9 milhões estão livres para aplicação. O restante integra a reserva de contingência. "Dos recursos livres, 67% vão para pesquisa e desenvolvimento", diz Campos. O setor de informática dispõe, neste ano, de 19 milhões de reais de recursos livres e outros 12 milhões contingenciados.

A Lei de Informática aprovada hoje prorroga até 2019 os benefícios fiscais para o setor. A redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que terminaria em 2009, foi estendida por dez anos para que a Lei de Informática seja compatível com a prorrogação dos benefícios às empresas da Zona Franca de Manaus. A reforma tributária manteve tais benefícios até 2023.

O texto voltará agora para a Câmara, já que os senadores aprovaram 11 emendas ao projeto que havia sido votado pelos deputados. O acordo de lideranças do Senado também assegurou, à Zona Franca de Manaus, o monopólio da produção de televisores, mas liberou as outras regiões do país a fabricar monitores para computador o que contrariou os interesses de Manaus, que pleiteava o monopólio sobre esta atividade também.

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