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Justiça Federal decide abrir processo contra ex-presidente da Cisco

Juiz afirma que há elementos suficientes para iniciar uma ação penal

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h29.

O ex-presidente da Cisco do Brasil, Carlos Roberto Carnevali, e mais 15 pessoas serão processadas pela Justiça Federal pelos crimes de importação fraudulenta e uso de documentos falsos. Os indícios de irregularidade foram apurados pela Polícia Federal, durante a Operação Persona. Na semana passada, o Ministério Público Federal decidiu apresentar duas denúncias de descaminho contra o grupo. Hoje, o juiz federal substituto da 4ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Luiz Renato Pacheco Chaves de Oliveira, as aceitou.

Em seu despacho, Oliveira considera que "há indícios suficientes da autoria e materialidade delitivas, de modo a estar demonstrada a justa causa para a ação penal". As investigações da Polícia Federal revelaram um suposto esquema de importação fraudulenta de produtos eletrônicos e de telecomunicação, com o objetivo de ocultar os verdadeiros compradores e, assim, reduzir a incidência de tributos. A Polícia Federal acompanhou o caso por dois anos, e estima que a fraude alcance 1,5 bilhão de reais.

Segundo a denúncia do Ministério Público, as fraudes beneficiariam a matriz da Cisco, nos Estados Unidos, como exportadora, e a sua filial brasileira, como importadora. O esquema contaria com o apoio da Mude Comércio e Serviços e de outras empresas brasileiras e americanas, reais e fantasmas, que serviam de intermediárias das transações. A denúncia afirma que "há fatos concretos referentes às operações ilegítimas, bem como a participação de cada denunciado nos crimes lá apontados".

Agora, Oliveira passará à fase de interrogatório dos réus. O depoimento de Carnevali está marcado para o dia 5 de dezembro. Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal, não há prazo para a conclusão do processo.

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