Japão (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.
Tóquio - O Japão exibiu nesta terça-feira pela primeira vez ao público seu futuro porta-helicópteros, o maior navio militar da marinha japonesa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O navio "Izumo", que custará 900 milhões de euros e terá 248 metros, ainda está em construção nos estaleiros de Yokohama (sul de Tóquio) e estará em operação a partir de 2015.
Quando entrar em serviço terá capacidade para transportar 9 helicópteros.
Cerca de 3.600 pessoas, entre elas o vice-primeiro-ministro Taro Aso, compareceram nesta terça-feira ao seu lançamento, que contou com fogos de artifício.
Segundo o ministério da Defesa japonês, o porta-helicópteros desempenhará um papel essencial tanto em matéria de defesa da soberania territorial quanto na proteção das vias marítimas, assim como em caso de desastres e catástrofes naturais.
Especialistas independentes estimam que esta embarcação, devido ao seu imponente tamanho, pode ser utilizada um dia como porta-aeronaves polivalente e servir de plataforma de lançamento para aviões de caça de pouso vertical.
Esta cerimônia de lançamento tem como pano de fundo as tensas relações com a China e, em menor medida, com a Coreia do Sul, devido a disputas territoriais com os dois países.
A China disse nesta terça-feira que está "preocupada com a expansão constante do equipamento militar do Japão".
"Esta tendência exige uma vigilância crescente por parte dos vizinhos asiáticos do Japão e da comunidade internacional", declarou à AFP o ministro chinês da Defesa.
Preocupado com o crescente poderio marítimo da China, - Pequim colocou em serviço seu primeiro porta-aviões no fim de 2012, o Liaoning -, Tóquio decidiu construir uma força especial de 600 homens e 12 navios para supervisionar e proteger o arquipélago Senkaku, conhecido pela China como Diaoyu e cuja soberania também é reivindicada por Pequim.
No fim de julho, o ministério da Defesa estimou que o Japão deveria se dotar com aviões teleguiados ou drones de vigilância marítima e unidades anfíbio para proteger estas ilhas.
A cerimônia militar de Yokohama coincidiu com a celebração do 68º aniversário do lançamento da bomba atômica pelos Estados Unidos contra a cidade de Hiroshima (oeste), que matou 140.000 pessoas.