iWatch pode ser o próximo gadget revolucionário da Apple
São cada vez mais numerosos os indícios de que a Apple desenvolve um relógio de pulso inteligente com o sistema iOS, do iPhone
Maurício Grego
Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 07h09.
São Paulo — A Apple já está testando opções de design para um futuro relógio inteligente. A notícia foi divulgada pelo jornal New York Times e vem reforçar os rumores que circulam desde dezembro. Se virar produto de verdade, o iWatch, como vem sendo chamado, deve rodar o sistema iOS e trabalhar conectado ao iPhone , ao iPad e a outros dispositivos.
O jornalista Nick Bilton, do New York Times, diz ter recebido a informação sobre o iWatch de um funcionário da Apple. A empresa estaria avaliando o uso, nele, de um novo tipo de vidro flexível, o Willow Glass. Esse vidro foi desenvolvido pela Corning, a mesma empresa que fabrica o Gorilla Glass usado em smartphones de diversos fabricantes.
O Willow Glass permitiria a fabricação de uma tela sensível ao toque curva e flexível, que poderia até se estender pela pulseira do relógio. Esse vidro tem apenas um décimo de milímetro de espessura. O relógio teria uma tela maior do que seria possível com vidro convencional, sem que isso o tornasse mais pesado ou incômodo. A Corning diz que o Willow Glass pode ser empregado tanto em telas LCD como em telas orgânicas OLED.
Faz três anos que a Apple apresentou seu último produto revolucionário, o iPad, e seis anos que ela lançou o iPhone. Se Tim Cook e sua turma quiserem manter o ritmo das inovações, é hora de mostrar mais um produto realmente novo. No ano passado, os rumores se concentraram no iTV, o televisor que a Apple estaria desenvolvendo secretamente na sua sede em Cupertino, na Califórnia.
O iTV chegou a ser discutido publicamente até por Steve Jobs, que vinha coordenando o desenvolvimento antes de morrer, em 2011. A história foi relatada por Walter Isaacson em sua biografia do fundador da Apple. Mas os especialistas foram rápidos ao apontar que um televisor com a grife da maçã traria dificuldades logísticas para a empresa e poderia não ter retorno financeiro compensador.
Além disso, a Apple estaria tendo dificuldades para fechar acordos com as empresas que fornecem programação de TV paga. O fato de o iTV não ter se materializado até agora parece confirmar essas análises. Assim, neste ano, as apostas sobre qual será o próximo produto revolucionário da Apple apontam para o iWatch.
Já há relógios inteligentes no mercado. O SmartWatch, da Sony, e o italiano I’m Watch são dois exemplos. Mas nenhum desses gadgets fez muito sucesso. É mais ou menos o que acontecia com os players de música antes do iPod e com os tablets antes do iPad. Trata-se de uma categoria de produtos ainda imatura. Logo, há oportunidade para a Apple desenvolver o primeiro relógio inteligente realmente atraente.
Bruce Tognazzini – respeitado especialista em interface entre humanos e máquinas – escreveu um longo artigo em que afirma que o produto se encaixaria perfeitamente na estratégia da empresa. “O iWatch vai preencher uma lacuna no ecossistema da Apple. Vai facilitar não só as atividades de outros computadores e dispositivos que usamos, mas também de uma ampla gama de dispositivos que virão”, diz ele em seu blog.
“Como outros produtos revolucionários da Apple, o iWatch vai ser subestimado quando foi lançado. Depois, vai crescer até ter um profundo impacto em nossas vidas e nos negócios da Apple”, prossegue Tognazzini. Para ele, o iWatch poderia ser controlado por meio da assistente falante Siri ou da tela sensível ao toque.
O relógio poderia ser usado para pagamentos por aproximação (via conexão sem fio NFC), substituindo a carteira e o cartão de crédito. Seria um local conveniente para o usuário receber mensagens, alertas e instruções de caminho do sistema de navegação por GPS.
O iWatch também poderia avisar ao usuário quando ele se afastasse de seu iPhone, reduzindo as chances de perda do smartphone. O dispositivo tem potencial para dar origem a inúmeros aplicativos novos. E, claro, se ele fizer sucesso, não deve demorar para que a Samsung, por exemplo, apareça com um Galaxy Watch.
São Paulo — A Apple já está testando opções de design para um futuro relógio inteligente. A notícia foi divulgada pelo jornal New York Times e vem reforçar os rumores que circulam desde dezembro. Se virar produto de verdade, o iWatch, como vem sendo chamado, deve rodar o sistema iOS e trabalhar conectado ao iPhone , ao iPad e a outros dispositivos.
O jornalista Nick Bilton, do New York Times, diz ter recebido a informação sobre o iWatch de um funcionário da Apple. A empresa estaria avaliando o uso, nele, de um novo tipo de vidro flexível, o Willow Glass. Esse vidro foi desenvolvido pela Corning, a mesma empresa que fabrica o Gorilla Glass usado em smartphones de diversos fabricantes.
O Willow Glass permitiria a fabricação de uma tela sensível ao toque curva e flexível, que poderia até se estender pela pulseira do relógio. Esse vidro tem apenas um décimo de milímetro de espessura. O relógio teria uma tela maior do que seria possível com vidro convencional, sem que isso o tornasse mais pesado ou incômodo. A Corning diz que o Willow Glass pode ser empregado tanto em telas LCD como em telas orgânicas OLED.
Faz três anos que a Apple apresentou seu último produto revolucionário, o iPad, e seis anos que ela lançou o iPhone. Se Tim Cook e sua turma quiserem manter o ritmo das inovações, é hora de mostrar mais um produto realmente novo. No ano passado, os rumores se concentraram no iTV, o televisor que a Apple estaria desenvolvendo secretamente na sua sede em Cupertino, na Califórnia.
O iTV chegou a ser discutido publicamente até por Steve Jobs, que vinha coordenando o desenvolvimento antes de morrer, em 2011. A história foi relatada por Walter Isaacson em sua biografia do fundador da Apple. Mas os especialistas foram rápidos ao apontar que um televisor com a grife da maçã traria dificuldades logísticas para a empresa e poderia não ter retorno financeiro compensador.
Além disso, a Apple estaria tendo dificuldades para fechar acordos com as empresas que fornecem programação de TV paga. O fato de o iTV não ter se materializado até agora parece confirmar essas análises. Assim, neste ano, as apostas sobre qual será o próximo produto revolucionário da Apple apontam para o iWatch.
Já há relógios inteligentes no mercado. O SmartWatch, da Sony, e o italiano I’m Watch são dois exemplos. Mas nenhum desses gadgets fez muito sucesso. É mais ou menos o que acontecia com os players de música antes do iPod e com os tablets antes do iPad. Trata-se de uma categoria de produtos ainda imatura. Logo, há oportunidade para a Apple desenvolver o primeiro relógio inteligente realmente atraente.
Bruce Tognazzini – respeitado especialista em interface entre humanos e máquinas – escreveu um longo artigo em que afirma que o produto se encaixaria perfeitamente na estratégia da empresa. “O iWatch vai preencher uma lacuna no ecossistema da Apple. Vai facilitar não só as atividades de outros computadores e dispositivos que usamos, mas também de uma ampla gama de dispositivos que virão”, diz ele em seu blog.
“Como outros produtos revolucionários da Apple, o iWatch vai ser subestimado quando foi lançado. Depois, vai crescer até ter um profundo impacto em nossas vidas e nos negócios da Apple”, prossegue Tognazzini. Para ele, o iWatch poderia ser controlado por meio da assistente falante Siri ou da tela sensível ao toque.
O relógio poderia ser usado para pagamentos por aproximação (via conexão sem fio NFC), substituindo a carteira e o cartão de crédito. Seria um local conveniente para o usuário receber mensagens, alertas e instruções de caminho do sistema de navegação por GPS.
O iWatch também poderia avisar ao usuário quando ele se afastasse de seu iPhone, reduzindo as chances de perda do smartphone. O dispositivo tem potencial para dar origem a inúmeros aplicativos novos. E, claro, se ele fizer sucesso, não deve demorar para que a Samsung, por exemplo, apareça com um Galaxy Watch.