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iTunes do Google finalmente vai ao ar

O Google Music traz integração com a rede social Google+ e com uma loja de música no Android Market. Vai competir com o iTunes, da Apple

Na loja de música do Google no Android Market cada faixa custa entre 0,99 e 1,29 dólar  (Reprodução)

Na loja de música do Google no Android Market cada faixa custa entre 0,99 e 1,29 dólar (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 14h03.

São Paulo — O serviço Google Music, que estava em testes desde maio, está sendo aberto a todos os interessados nos Estados Unidos. O Google fez o lançamento oficial ontem num evento em Los Angeles. Além de permitir que o usuário armazene suas próprias músicas na nuvem, o Music trabalha em conjunto com a nova seção de música do Android Market, onde é possível comprar faixas das principais gravadoras.

Quando o Google apresentou a versão beta do Music, em maio, a empresa divulgou que o serviço seria grátis durante a fase de testes. Agora, ela anuncia que o acesso vai continuar gratuito. Cada usuário pode armazenar até 20 mil músicas nos servidores do Google para ouvir, depois, em smartphones, tablets e PCs conectados à internet. Para isso, o Google oferece apps para Android e também para iPhone e iPad, além de um aplicativo na web, que funciona com os browsers dos computadores. 

iTunes Match

O serviço gratuito é uma resposta ao iTunes Match, da Apple, que começou a operar na última segunda-feira. Ele também permite que os usuários armazenem sua coleção de música na nuvem, e usa um sistema inteligente, que evita que a pessoa tenha de fazer o upload de faixas que já estão presentes nos servidores. Mas o iTunes Match, que também é oferecido apenas nos Estados Unidos, custa 24,99 dólares por ano.

A loja de música do Google funciona dentro do Android Market, onde o Google já vende aplicativos para smartphones e tablets. O usuário tem acesso a ela usando um dispositivo com Android ou um computador com qualquer browser. A loja oferece 13 milhões de faixas das empresas EMI, Sony e Universal, além de muitas gravadoras menores.


Das grandes, só ficou fora a Warner com a qual, ao que parece, o Google não conseguiu fechar um acordo de licenciamento. O Android Market também oferece músicas exclusivas, algumas delas gratuitas. Para o lançamento, o Google alinhou gravações de bandas como Rolling Stones, Coldplay e Perl Jam que não haviam sido lançadas antes. O usuário pode compartilhar suas músicas na rede social Google+. Ao fazer isso, os contatos podem ouvir as faixas inteiras por streaming. 

O Google Music chega oito anos depois da pioneira loja iTunes, que lidera o mercado de música na internet. Os dois serviços oferecem as músicas por preços similares – cerca de 1 dólar por faixa. A loja da Apple está disponível em 37 países (mas o Brasil não está entre eles) e já teve 16 milhões de downloads feitos pelos usuários, segundo a empresa. O sucesso da loja iTunes se deve, em boa parte, à enorme base instalada do iPod e, mais recentemente, do iPhone. 

O Google parece ter uma estratégia similar. A principal oportunidade de crescimento para o Google Music está na crescente popularidade dos dispositivos com Android. Segundo o Gartner Group, o sistema operacional móvel do Google está presente em 52,5% dos smartphones vendidos no terceiro trimestre deste ano. Mesmo assim, é improvável que o Google Music tenha um sucesso explosivo. Deve crescer devagar e, talvez, prosperar com o tempo.

Fora, brasileiros!

Quando um brasileiro tenta entrar no Google Music ou na seção de música do Android Market, recebe uma mensagem como O documento solicitado não está disponível em seu país. Isso não deve mudar tão cedo, já que estender o serviço a outros países pode exigir novas negociações com as gravadoras. Abaixo, um vídeo de divulgação do Google Music.

https://youtube.com/watch?v=NI8rQEHoE24%3Frel%3D0

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