Tecnologia

Israel e Google publicarão na internet manuscritos do Mar Morto

As primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos

O departamento israelense de Antiguidades e o gigante americano da internet Google anunciaram nesta terça-feira o lançamento (Menahem Kahana/AFP)

O departamento israelense de Antiguidades e o gigante americano da internet Google anunciaram nesta terça-feira o lançamento (Menahem Kahana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 19h15.

Jerusalém - O departamento israelense de Antiguidades e o gigante americano da internet Google anunciaram nesta terça-feira o lançamento de um projeto para divulgar, na internet, os manuscritos do Mar Morto, que contêm alguns dos mais antigos textos bíblicos.

Este plano, com um custo de 3,5 milhões de dólares (2,5 milhões de euros), tem por objetivo disponibilizar gratuitamente esses documentos, que possuem cerca de 2 mil anos.

"É a descoberta mais importante do século XX e vamos compartilhá-la com a tecnologia mais avançada do século XXI", afirmou a responsável pelo projeto do departamento israelense de Antiguidades, Pnina Shor, em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.

A administração israelense captará imagens em alta definição utilizando uma tecnologia multiespectral desenvolvida pela NASA, a agência espacial americana.

As imagens serão, posteriormente, publicadas na internet pelo Google em uma base de dados e traduções dos textos colocadas à disposição.

"Todos os que possuem uma conexão à internet poderão acessar algumas das obras mais importantes da humanidade", disse o diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, Yossi Mattias.

Shor afirmou que as primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos.

Acredita-se que os 900 manuscritos encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, no Mar Morto, constituem uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. No material encontrado, há pergaminhos e papiros com textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Antigo Testamento mais velho que se conhece.

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