Tecnologia

iPhone 6 poderá ter tela de nanocristais

Os nanocristais conhecidos como pontos quânticos, que poderão estar na tela do iPhone 6, podem produzir ótima imagem com baixo consumo de energia


	iPhone: a Apple já se prepara para ir além da tela Retina
 (Montagem/Place.it/EXAME.com)

iPhone: a Apple já se prepara para ir além da tela Retina (Montagem/Place.it/EXAME.com)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 11h38.

São Paulo -- Parece que o iPhone 6, que a Apple deve lançar no segundo semestre, vai ter outras novidades na tela além do esperado tamanho maior. Várias fontes têm dito que a empresa trabalha com a tecnologia conhecida como “pontos quânticos”, que pode melhorar o contraste e a precisão das cores.

Os pontos quânticos são nanocristais suficientemente pequenos para que manifestem efeitos quânticos. Eles começam a ser usados na fabricação de células fotovoltaicas, LEDs e diodos emissores de raio laser, entre outros dispositivos.

Como são muito pequenos, esses nanocristais permitem a fabricação de telas de altíssima resolução. Além disso, eles podem ser sintonizados para emitir luz precisamente calibrada numa determinada cor.

Em telas de aparelhos eletrônicos, pontos quânticos podem produzir cores precisas e imagens com ótimo contraste. Uma primeira geração dessa tecnologia já é usada no tablet Kindle Fire HDX, da Amazon. 

A tela desse tablet é elogiada pela qualidade. Mas a do iPhone 6 poderá ser ainda melhor. A tecnologia de pontos quânticos deve amadurecer ao longo deste ano. Isso deve resultar em maior luminosidade e menor consumo de energia, algo sempre importante num dispositivo alimentado por bateria.

A Apple já registrou pelo menos quatro patentes relacionadas com pontos quânticos, como observou o site Patently Apple. Como já faz um ano e meio que os pedidos de patente foram feitos, fica claro que a empresa vem estudando essa tecnologia há algum tempo. 


Uma das patentes descreve um sistema para controlar a luminosidade de uma tela quântica. Outra detalha como diferentes cores de luz produzidas por pontos quânticos podem ser combinadas para produzir tons precisos.

Há poucos dias, Haydn Shaughnessy, colaborador do site Forbes, conversou com Jason Hartlove, CEO da Nanosysm, empresa especializada em telas de pontos quânticos. 

Hartlove disse a Shaughnessy que a tecnologia está pronta para uso e não tem limitações de tamanho. Pode ser empregada tanto num smartphone como num televisor. Disse, também, que o primeiro smartphone com pontos quânticos será lançado na metade deste ano. 

A Nanosysm detém mais de 300 patentes relacionadas com pontos quânticos e tem a Samsung como sócia investidora. Se a Apple for mesmo empregar esse tipo de tela, ela deverá trabalhar com tecnologia da Nanosysm. Resta esperar pelo próximo iPhone para confirmar isso.

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