Tecnologia

iPhone 6 chega à China em busca de impulso com tela grande

Novo aparelho chegou às lojas chinesas hoje, quase um mês após seu lançamento global

Vendedor prepara uma loja da Apple para o lançamento do novo iPhone 6, em Pequim (Jason Lee/Reuters)

Vendedor prepara uma loja da Apple para o lançamento do novo iPhone 6, em Pequim (Jason Lee/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 23h02.

Pequim - O iPhone 6 Plus, celular de tela grande da Apple, finalmente está disponível no maior mercado de smartphones do mundo e os consumidores chineses já não precisam recorrer aos contrabandistas.

O novo aparelho chegou às lojas chinesas hoje, quase um mês após seu lançamento global.

O iPhone 6 de 4,7 polegadas é vendido a partir de 5.288 yuans (US$ 863) por meio das lojas da Apple na China, valor que contrasta com o de US$ 649 do mesmo modelo sem contrato em seu site nos EUA.

Com a demanda forte, especialmente pelo iPhone 6 Plus, de 5,5 polegadas, os consumidores chineses pagavam no mercado negro quase o dobro do preço de Hong Kong por telefones trazidos ilegalmente pela fronteira após seu lançamento mundial.

Embora a estreia ocorra em um momento em que as operadoras de telefonia celular da China estão cortando os subsídios aplicados aos aparelhos, os novos telefones da Apple venderão mais que os modelos anteriores, disse Bryan Wang, gerente de país na China da Forrester Research.

“Os iPhones de tela grande venderão melhor na China no primeiro fim de semana que o iPhone 5s no ano passado, mas podem não chegar a multiplicar a quantidade”, disse Wang.

Cerca de 20 milhões de consumidores se registraram para comprar os novos aparelhos por meio de vários canais, segundo um relatório do site Tech.qq.com, da Tencent Holdings.

Normalmente cerca de 10 por cento a 15 por cento dos registros resultam em vendas, o que significa vendas entre 2 milhões e 3 milhões de unidades, disse Wang.

Cerca de 150 pessoas formaram fila na loja da Apple no China Central Place, região leste de Pequim, hoje, para recolher os aparelhos pré-encomendados, enquanto funcionários de camisetas azuis aplaudiam e gritavam “iPhone 6” em mandarim.

Subsídios reduzidos

Entre os primeiros estava o doutorando An Le, de 27 anos, que usa produtos da Apple desde que teve um iPhone 4s, e que comprou o 6 Plus. Ele vinha esperando que a Apple lançasse um celular com tela maior para concorrer com os aparelhos da Samsung Electronics Co.

“A Samsung já tinha telas maiores há anos e eu estava esperando que a Apple se igualasse a ela”, disse An. “Agora que ele finalmente chegou, quero muito testá-lo”.

A Apple e outras fabricantes de smartphones de alto padrão estão enfrentando mudanças na forma como as operadoras de telefonia celular da China vendem aparelhos, porque elas estão tomando medidas para reduzir o montante que gastam em subsídios a novos aparelhos.

A China Mobile, maior operadora do mundo, está adotando medidas para eliminar US$ 2 bilhões em subsídios a smartphones.

Seguindo a Samsung

A Apple está lançando os novos iPhones também na Índia e em Mônaco hoje e os celulares chegarão a mais 36 países nesse mês.

Até o final de outubro, os aparelhos estarão disponíveis em 69 países e a caminho de atingir 115 países até o final do ano, disse a Apple em um comunicado.

Contudo, nenhum desses mercados pode se comparar com o da China, onde a Apple obteve US$ 5,9 bilhões em vendas nos três meses até 28 de junho, ou cerca de 16 por cento da receita total da empresa.

A região China, para a qual a empresa informa suas vendas, inclui Taiwan e Hong Kong.

No mês passado, a febre pelos aparelhos maiores fez com que os consumidores de Pequim pagassem 12.000 yuans pelo iPhone 6 Plus de 128 gigabytes, 87 por cento a mais que o preço de venda de Hong Kong.

O modelo custará 7.788 yuans na Apple a partir de hoje, segundo o site da empresa na China.

“A perspectiva para o iPhone 6 e o 6 Plus parece positiva na China”, disse Tay Xiaohan, analista da International Data Corp. em Cingapura.

“A Apple sempre foi uma marca muito popular entre os chineses e com a demanda por telefones com telas maiores em crescimento na China, não nos surpreendemos em ver o alto número de pré-encomendas de iPhones no mercado”.

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