Invasão de contas custa caro e Twitter perde US$1,3 bi em valor de mercado
A estimativa da empresa é de que aproximadamente 130 contas foram afetadas. Investigação aponta que intenção era maior do que dar golpe de bitcoin
Tamires Vitorio
Publicado em 17 de julho de 2020 às 10h47.
Última atualização em 17 de julho de 2020 às 10h51.
Mais do que um golpe de bitcoins, a invasão no Twitter , que afetou as contas dos bilionários Bill Gates, Elon Musk e do ex-presidente americano Barack Obama, custou caro para a empresa. A rede social perdeu 1,3 bilhão de dólares em valor de mercado na quinta-feira (16), um dia após a invasão.
A estimativa da empresa é de que aproximadamente 130 contas foram afetadas pelo ataque hacker e a investigação feita pela companhia aponta que o invasor (ou invasores) estava atrás de muito mais do que dar um golpe --- mas não informa exatamente o que estavam procurando.
Por esse motivo algumas contas hackeadas ainda estão bloqueadas e impedidas de tuitar e todos os perfis da rede social estão proibidos de fazer o download do histórico de tuítes. "Estamos trabalhando com os donos das contas impactadas e continuaremos a fazer isso pelos próximos dias. Vamos continuar a investigar se dados não-públicos dessas contas foram comprometidos, e vamos dar atualizações se descobrirmos que isso aconteceu", escreveu o Twitter em seu próprio perfil de suporte na rede social.
Segundo a própria empresa, o que pode ter acontecido é que, de alguma forma, os hackers conseguiram acessar a área reservada para os funcionários, na qual é possível fazer alterações mais severas nas contas. Em uma série de tuítes no perfil do suporte, o Twitter afirmou que “acredita que o ataque foi coordenado por pessoas que focaram em alguns funcionários que têm acesso para os sistemas e ferramentas internos” e que “sabemos que eles usaram esse acesso para tomar conta de várias contas importantes (incluindo verificadas)”.