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Internet sofre maior ataque da história

A internet ficou lenta, nos últimos dias, por causa de uma série de ataques de negação de serviço descrita por especialistas como a maior da história

Uma briga entre um grupo antispam europeu e uma empresa de serviços de data center holandesa seria a razão para os ataques (Wikimedia Commons)

Maurício Grego

Publicado em 28 de março de 2013 às 11h08.

São Paulo — A internet ficou lenta, nos últimos dias, por causa de um massivo ataque de negação de serviço a servidores em diversos países. Segundo o noticiário britânico BBC, o ataque afetou serviços populares, como a Netflix, e está sendo investigado por polícias e especialistas em segurança . Alguns já o descrevem como o maior ataque do gênero da história.

A BBC diz que o problema começou com uma briga entre o Spamhaus, grupo europeu de combate ao spam, e a Cyberbunker, empresa holandesa de serviços de data center. O Spamhaus incluiu servidores da Cyberbunker numa lista de emissores de spam. A lista é usada pelos programas antispam para filtrar os e-mails.

O grupo diz que a empresa está por trás dos ataques, que teriam sido lançados em retaliação ao bloqueio. No site da Cyberbunker, há uma nota acusando a Spamhaus de incluir a empresa na lista de bloqueio indevidamente. A Cyberbunker também diz que se reserva o direito de hospedar qualquer coisa em seus servidores "exceto pornografia infantil e coisas relacionadas com terrorismo".

A técnica usada pelos criminosos é a de negação de serviço. Para realizar um ataque desse tipo, primeiro um grande número de computadores são infectados com um programa maligno que permite controlá-los à distância. Depois, esses computadores zumbis são usados para inundar os servidores-alvo com solicitações de dados.


A sobrecarga acaba impedindo o funcionamento dos servidores e da rede à qual estão ligados. Em geral, um ataque desse tipo envia algumas dezenas de gigabits por segundo ao servidor-alvo, o que é suficiente para derrubá-lo. Mas, no caso do Spamhaus, o fluxo chega a 300 gigabits por segundo, volume capaz de congestionar a internet.

Os ataques vêm sendo realizados desde o último dia 18, em seguidas ondas. O alvo principal são os 80 servidores de DNS do Spamhaus espalhados por diversos países. Esse tipo de servidor traduz endereços como abril.com.br para um código numérico conhecido como endereço IP. Isso é necessário para que cada pacote de dados encontre seu destino.

O Spamhaus já havia sido vítima de ataques similares no passado e também já havia acusado a Cyberbunker de estar por trás deles em outras ocasiões. Segundo a BBC, grandes empresas, como o Google, colocaram seus recursos à disposição para absorver a sobrecarga de dados e evitar um colapso na internet.

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São Paulo — A internet ficou lenta, nos últimos dias, por causa de um massivo ataque de negação de serviço a servidores em diversos países. Segundo o noticiário britânico BBC, o ataque afetou serviços populares, como a Netflix, e está sendo investigado por polícias e especialistas em segurança . Alguns já o descrevem como o maior ataque do gênero da história.

A BBC diz que o problema começou com uma briga entre o Spamhaus, grupo europeu de combate ao spam, e a Cyberbunker, empresa holandesa de serviços de data center. O Spamhaus incluiu servidores da Cyberbunker numa lista de emissores de spam. A lista é usada pelos programas antispam para filtrar os e-mails.

O grupo diz que a empresa está por trás dos ataques, que teriam sido lançados em retaliação ao bloqueio. No site da Cyberbunker, há uma nota acusando a Spamhaus de incluir a empresa na lista de bloqueio indevidamente. A Cyberbunker também diz que se reserva o direito de hospedar qualquer coisa em seus servidores "exceto pornografia infantil e coisas relacionadas com terrorismo".

A técnica usada pelos criminosos é a de negação de serviço. Para realizar um ataque desse tipo, primeiro um grande número de computadores são infectados com um programa maligno que permite controlá-los à distância. Depois, esses computadores zumbis são usados para inundar os servidores-alvo com solicitações de dados.


A sobrecarga acaba impedindo o funcionamento dos servidores e da rede à qual estão ligados. Em geral, um ataque desse tipo envia algumas dezenas de gigabits por segundo ao servidor-alvo, o que é suficiente para derrubá-lo. Mas, no caso do Spamhaus, o fluxo chega a 300 gigabits por segundo, volume capaz de congestionar a internet.

Os ataques vêm sendo realizados desde o último dia 18, em seguidas ondas. O alvo principal são os 80 servidores de DNS do Spamhaus espalhados por diversos países. Esse tipo de servidor traduz endereços como abril.com.br para um código numérico conhecido como endereço IP. Isso é necessário para que cada pacote de dados encontre seu destino.

O Spamhaus já havia sido vítima de ataques similares no passado e também já havia acusado a Cyberbunker de estar por trás deles em outras ocasiões. Segundo a BBC, grandes empresas, como o Google, colocaram seus recursos à disposição para absorver a sobrecarga de dados e evitar um colapso na internet.

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