Coronavírus: doença já tem casos fora da China (Wolfgang Rattay/Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 10h51.
Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 10h52.
São Paulo – Nove dias antes de a Organização Mundial da Saúde emitir um alerta sobre a epidemia do coronavírus da China que começava a acontecer no seu país de origem, uma startup de inteligência artificial detectou a doença e para quais locais ela iria viajar. A tecnologia da startup BlueDot, baseada no Canadá, previu corretamente que a doença iria chegar a Bangkok, Seul, Taipei e Tóquio.
Apesar de o governo chinês não ter fornecido muitas informações para as autoridades globais de saúde, a startup previu a expansão do coronavírus com base em outro fator de risco: a emissão de passagens aéreas.
A empresa foi criada por Kamran Khan, um médico infectologista que trabalhava em hospitais em 2003 durante o surto da doença que ficou conhecida como SARS, similar ao atual coronavírus da China. Com 40 funcionários, a BlueDot foi criada em 2013 e investimentos que totalizam 9,4 milhões de dólares.
O Google já tentou fazer algo semelhante no passado. A empresa tinha um site chamado Google Flu Trends, que foi descontinuado em 2013, após ter subestimado um surte de gripe em 2013.
Por ora, não há vacina ou cura conhecida para o coronavírus da China, que já matou mais de 100 pessoas e infectou mais de 4 mil.