Tecnologia

Ferramenta de IA detecta políticos distraídos com celular em reuniões

Inteligência artificial publica automaticamente vídeos de legisladores com smartphones em mãos e ainda marca o usuário

Captura de tela do software 'The Flemish Scrollers' identificando políticos distraídos no celular durante reuniões governamentais na Bélgica (Divulgação/Divulgação)

Captura de tela do software 'The Flemish Scrollers' identificando políticos distraídos no celular durante reuniões governamentais na Bélgica (Divulgação/Divulgação)

LP

Laura Pancini

Publicado em 13 de julho de 2021 às 07h00.

Um novo sistema de inteligência artificial (IA), que identifica políticos distraídos com o celular, pode deixar reuniões governamentais na Bélgica e quem sabe um dia no Brasil mais complicadas.

A criação é do artista digital belga Dries Depoorter e recebeu o nome de "The Flemish Scrollers".

Através do aprendizado de máquina (em inglês, "machine learning"), o software busca e identifica smartphones nas reuniões e debates do governo da Bélgica, transmitidas ao vivo via YouTube.

Já a ferramenta de reconhecimento facial ajuda a identificar automaticamente qual o político segurando o celular.

Não há como ter certeza que o acusado estava realmente perdendo tempo em alguma rede social. Ele pode estar respondendo a algum recado importante ou checando seus e-mails, mas isso não impede a IA de publicar automaticamente um alerta: "Caro distraído @, por favor, mantenha-se focado!"

A postagem é publicada automaticamente no Twitter e no Instagram com vídeo do legislador durante a reunião e sua conta oficial marcada.

A ferramenta foi lançada oficialmente na última segunda-feira, 5, então pouco se sabe sobre seu impacto no governo belga.

De acordo com repórter do site The Next Web, o criador do Flemish Scrollers tende a fazer arte voltada para o tema de privacidade o que pode significar que a ferramenta foi feita para conscientizar sobre o aumento de vigilância por IA.

"Quando os legisladores se tornam os alvos, eles podem estar mais ansiosos para regulamentar as armas", sugere o jornalista.

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