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Homem descobre parasita nômade morando em seu cérebro

Médicos desconfiaram que pudesse existir organismo vivo no cérebro de inglês após notarem padrões em forma de anel em tomografias dos últimos 4 anos

Tênia: pesquisadores querem entender como ela se alimentou dentro do cérebro do infectado (Divulgação/Hayley Bennett et al. Genome Biology 2014)

Tênia: pesquisadores querem entender como ela se alimentou dentro do cérebro do infectado (Divulgação/Hayley Bennett et al. Genome Biology 2014)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 16h52.

São Paulo - Um inglês descobriu que um parasita vivia há quatro anos em seu cérebro, após ir ao médico queixando-se de enxaqueca.

Durante esse período, a tênia caminhou entre o cérebro do homem de 50 anos, abrindo caminho de um hemisfério para o outro da massa encefálica.

Os médicos desconfiaram que pudesse existir um organismo vivo no cérebro do inglês após notarem padrões em forma de anel em uma sequência de tomografias realizadas nos últimos quatro anos.

Mas os cirurgiões se certificaram da existência da tênia de 1 centímetro apenas após a realização de uma biópsia no crânio do paciente.

Os pesquisadores descobriram que o parasita é uma espécie rara de tênia conhecida como Spirometra erinaceieuropaei.

Desde 1953, foram reportados apenas 300 casos de infecção por essa espécie de parasita em humanos, sendo que apenas dois desses casos aconteceram na Europa.

O Spirometra erinaceieuropaei normalmente é encontrado em anfíbios e crustáceos na China, e infecta o sistema digestivo de gatos e cachorros, onde chega a até 1,5 metro de comprimento.

Acredita-se que o paciente, que é de descendência chinesa, tenha sido infectado em uma visita ao país asiático, após ingerir carne ou água contaminada com o parasita.

Os pesquisadores querem agora entender como a tênia se alimentou dentro do cérebro do infectado: não foi encontrado um orifício bucal no animal, que provavelmente absorvia os nutrientes que precisava da massa encefálica.

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