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Hillary: acusações do Google sobre ataques chineses são 'sérias'

Empresa acusa a China de tentar roubar e-mails de americanos, jornalistas e ativistas; Pequim nega a acusação

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu a liberdade na internet (Alex Wong/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2011 às 14h39.

Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, classificou nesta sexta-feira como "muito sérias" as acusações da Google sobre o ciberataques a e-mails de funcionários americanos aparentemente lançados a partir da China.

"A Google nos informou sobre as acusações, o que gera sérias preocupações e questões. Esperamos que o Governo chinês explique", declarou Hillary em comunicado.

"A habilidade de trabalhar com confiança no ciberespaço é fundamental para a sociedade e a economia moderna", acrescentou a secretária de Estado.

A Google anunciou nesta quarta-feira o desmantelamento de um "plano de roubo de senhas de centenas de e-mails do Gmail de altos funcionários dos Estados Unidos" e outros países asiáticos.

Em seu blog corporativo, a Google explicou que detectou e desbaratou o esquema, realizado por meio de phishing (fraude eletrônica que caracteriza-se pelo envio de dados passando-se por uma fonte confiável por e-mail) e aparentemente lançada a partir da cidade chinesa de Jinan.

A companhia californiana acrescentou que, posteriormente, "informou às vítimas, assegurou suas contas e notificou às autoridades governamentais relevantes".

O ciberataque afetou além de altos funcionários dos EUA, "ativistas políticos chineses, funcionários de diversos países asiáticos (especialmente da Coreia do Sul), militares e jornalistas".

Hillary anunciou que fará "um discurso sobre a importância da liberdade na internet no século 21 na próxima semana, quando dará mais informações sobre este tema e os fatos estiverem mais claros".

O Governo chinês rejeitou nesta sexta-feira as acusações do gigante americano. "A acusação é inaceitável", disse o porta-voz de turno do Ministério de Relações Exteriores, Hong Lei, quem garantiu que existiam "motivos ocultos" para acusar a China.

"Os ciberataques são um problema internacional do qual a China também é vítima. As acusações dos supostos ataques são totalmente infundadas e têm motivos ocultos", manifestou Hong em entrevista coletiva.

Já em janeiro de 2010, a Google denunciou publicamente que suas operações na China foram alvo de ciberataques, cujo objetivo era acessar a correspondência de dissidentes chineses, além de roubar da empresa códigos e segredos comerciais.

Esta denúncia criou tensões entre os EUA e a China, e levou, inclusive, a Google a fechar temporariamente seu serviço de busca no país asiático, para derivar todas as buscas em direção ao portal livre de Hong Kong, que não estava submetido a censuras.

As tensões se suavizaram em meados do ano passado, quando o Governo chinês renovou sua licença com a empresa americana e o buscador deixou de derivar automaticamente aos internautas chineses ao portal de Hong Kong.

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Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, classificou nesta sexta-feira como "muito sérias" as acusações da Google sobre o ciberataques a e-mails de funcionários americanos aparentemente lançados a partir da China.

"A Google nos informou sobre as acusações, o que gera sérias preocupações e questões. Esperamos que o Governo chinês explique", declarou Hillary em comunicado.

"A habilidade de trabalhar com confiança no ciberespaço é fundamental para a sociedade e a economia moderna", acrescentou a secretária de Estado.

A Google anunciou nesta quarta-feira o desmantelamento de um "plano de roubo de senhas de centenas de e-mails do Gmail de altos funcionários dos Estados Unidos" e outros países asiáticos.

Em seu blog corporativo, a Google explicou que detectou e desbaratou o esquema, realizado por meio de phishing (fraude eletrônica que caracteriza-se pelo envio de dados passando-se por uma fonte confiável por e-mail) e aparentemente lançada a partir da cidade chinesa de Jinan.

A companhia californiana acrescentou que, posteriormente, "informou às vítimas, assegurou suas contas e notificou às autoridades governamentais relevantes".

O ciberataque afetou além de altos funcionários dos EUA, "ativistas políticos chineses, funcionários de diversos países asiáticos (especialmente da Coreia do Sul), militares e jornalistas".

Hillary anunciou que fará "um discurso sobre a importância da liberdade na internet no século 21 na próxima semana, quando dará mais informações sobre este tema e os fatos estiverem mais claros".

O Governo chinês rejeitou nesta sexta-feira as acusações do gigante americano. "A acusação é inaceitável", disse o porta-voz de turno do Ministério de Relações Exteriores, Hong Lei, quem garantiu que existiam "motivos ocultos" para acusar a China.

"Os ciberataques são um problema internacional do qual a China também é vítima. As acusações dos supostos ataques são totalmente infundadas e têm motivos ocultos", manifestou Hong em entrevista coletiva.

Já em janeiro de 2010, a Google denunciou publicamente que suas operações na China foram alvo de ciberataques, cujo objetivo era acessar a correspondência de dissidentes chineses, além de roubar da empresa códigos e segredos comerciais.

Esta denúncia criou tensões entre os EUA e a China, e levou, inclusive, a Google a fechar temporariamente seu serviço de busca no país asiático, para derivar todas as buscas em direção ao portal livre de Hong Kong, que não estava submetido a censuras.

As tensões se suavizaram em meados do ano passado, quando o Governo chinês renovou sua licença com a empresa americana e o buscador deixou de derivar automaticamente aos internautas chineses ao portal de Hong Kong.

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