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Hacker Sabu, o chefe traidor do LulzSec, também foi traído

Ex-hacker do Anonymous diz ter entregue o líder do grupo LulzSec ao FBI

Sabu, o líder do LulzSec, pode ser condenado à pena máxima de 124 anos de prisão (Wikimedia Commons)

Maurício Grego

Publicado em 8 de março de 2012 às 19h05.

São Paulo — A revelação de que o misterioso Sabu, ex-líder do grupo hacker LulzSec, teria entregue seus companheiros ao FBI já renderia um belo filme. Agora, o filme ganhou novos ingredientes. Jennifer Emick, ex-hacker que pertenceu ao grupo Anonymous, diz ter entregue o próprio Sabu à polícia americana.

Numa entrevista ao noticiário americano Cnet, Jennifer conta que foi ameaçada depois de criticar alguns ataques do Anonymous , grupo ao qual havia pertencido. Em resposta, ela e seus colegas da empresa Backtrace Security resolveram caçar a turma do LulzSec. “Demoramos apenas quatro horas para localizar Sabu”, disse ela à Cnet.

A equipe da Backtrace obteve uma lista de nomes que pareciam ter relação com o LulzSec . Seguindo as pistas, Jennifer acabou descobrindo um canal de chat onde Sabu e seus colegas discutiam um ataque à HBGary, outra empresa de segurança digital. Novas pistas surgiram, e Jennifer chegou a um post de Sabu sobre seu carro Toyota AE86 numa rede social. Daí em diante, foi fácil identificá-lo.

Ataques certeiros

Sabu, na verdade, chama-se Hector Xavier Monsegur. Ele é tido como líder do LulzSec, talvez o mais ousado grupo hacker que se conheceu. O grupo, que nasceu ligado ao Anonymous, esteve ativo durante menos de dois meses, no primeiro semestre de 2011. Nesse curto período, invadiu servidores da CIA, do senado americano, de empresas que prestam serviços ao FBI e de corporações como a Sony. Mexer com organizações tão poderosas é, é claro, algo extremamente arriscado, como os hackers logo descobririam.


A Backtrace chegou a publicar os nomes dos membros do LulzSec na web. Mas, a pedido do FBI, removeu a lista do site e passou as informações que tinha aos policiais. Em segredo, a polícia prendeu Sabu em junho, em seu apartamento em Nova York. Acredita-se que, na prisão, Sabu teria negociado uma redução da pena em troca de colaborar com a polícia.

Além de entregar os companheiros secretamente, Sabu chegou a interromper alguns planos de ataque do Anonymous a pedido do FBI. Em julho, a polícia britânica capturou Jake Davis, conhecido como Topiary, o segundo membro do LulzSec a cair. Nesta semana, a caçada se completou com mais quatro prisões em três países – Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda.

Prisão e ressentimento

Mesmo tendo colaborado com os policiais, Sabu ainda pode ser condenado a uma sentença máxima de 124 anos de prisão. Os outros suspeitos presos podem ser condenados a até 10 anos na cadeia.

E Sabu ainda tem de enfrentar a fúria dos seus ex-colegas. Nesta semana, hackers do Anonymous invadiram o site da Panda Security e deixaram um recado carregado de ressentimento para e ex-líder do LulzSec. “É triste e nem conseguimos imaginar como é olhar todos os dias no espelho e ver o cara que vendeu seus amigos para a polícia”, dizia o texto.

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São Paulo — A revelação de que o misterioso Sabu, ex-líder do grupo hacker LulzSec, teria entregue seus companheiros ao FBI já renderia um belo filme. Agora, o filme ganhou novos ingredientes. Jennifer Emick, ex-hacker que pertenceu ao grupo Anonymous, diz ter entregue o próprio Sabu à polícia americana.

Numa entrevista ao noticiário americano Cnet, Jennifer conta que foi ameaçada depois de criticar alguns ataques do Anonymous , grupo ao qual havia pertencido. Em resposta, ela e seus colegas da empresa Backtrace Security resolveram caçar a turma do LulzSec. “Demoramos apenas quatro horas para localizar Sabu”, disse ela à Cnet.

A equipe da Backtrace obteve uma lista de nomes que pareciam ter relação com o LulzSec . Seguindo as pistas, Jennifer acabou descobrindo um canal de chat onde Sabu e seus colegas discutiam um ataque à HBGary, outra empresa de segurança digital. Novas pistas surgiram, e Jennifer chegou a um post de Sabu sobre seu carro Toyota AE86 numa rede social. Daí em diante, foi fácil identificá-lo.

Ataques certeiros

Sabu, na verdade, chama-se Hector Xavier Monsegur. Ele é tido como líder do LulzSec, talvez o mais ousado grupo hacker que se conheceu. O grupo, que nasceu ligado ao Anonymous, esteve ativo durante menos de dois meses, no primeiro semestre de 2011. Nesse curto período, invadiu servidores da CIA, do senado americano, de empresas que prestam serviços ao FBI e de corporações como a Sony. Mexer com organizações tão poderosas é, é claro, algo extremamente arriscado, como os hackers logo descobririam.


A Backtrace chegou a publicar os nomes dos membros do LulzSec na web. Mas, a pedido do FBI, removeu a lista do site e passou as informações que tinha aos policiais. Em segredo, a polícia prendeu Sabu em junho, em seu apartamento em Nova York. Acredita-se que, na prisão, Sabu teria negociado uma redução da pena em troca de colaborar com a polícia.

Além de entregar os companheiros secretamente, Sabu chegou a interromper alguns planos de ataque do Anonymous a pedido do FBI. Em julho, a polícia britânica capturou Jake Davis, conhecido como Topiary, o segundo membro do LulzSec a cair. Nesta semana, a caçada se completou com mais quatro prisões em três países – Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda.

Prisão e ressentimento

Mesmo tendo colaborado com os policiais, Sabu ainda pode ser condenado a uma sentença máxima de 124 anos de prisão. Os outros suspeitos presos podem ser condenados a até 10 anos na cadeia.

E Sabu ainda tem de enfrentar a fúria dos seus ex-colegas. Nesta semana, hackers do Anonymous invadiram o site da Panda Security e deixaram um recado carregado de ressentimento para e ex-líder do LulzSec. “É triste e nem conseguimos imaginar como é olhar todos os dias no espelho e ver o cara que vendeu seus amigos para a polícia”, dizia o texto.

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