Governo quer instalar controle antidoping por satélite
Análises para controle antidoping da Copa de 2014 poderão ser feitas em laboratório monitorado por satélite, a ser instalado no RJ em caráter temporário
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2013 às 07h45.
Rio de Janeiro - As análises para controle antidoping da Copa de 2014 poderão ser feitas em um laboratório, monitorado por satélite, a ser instalado no Rio de Janeiro em caráter temporário para atender à competição. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, do ministério do Esporte, prepara a proposta de instalação da unidade para apresentá-la à Federação Internacional de Futebol.
“Um laboratório que esteja acreditado monta uma operação por satélite no Rio de Janeiro para atender, especificamente, à Copa do Mundo. Essa operação precisa ser acertada com a Fifa e depois aprovada pela Agência Mundial Antidoping [AMA]”, esclareceu o diretor executivo da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurelio Klein, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo o diretor, essa é a opção para fazer, no Brasil, os exames de sangue e de urina do Mundial de Futebol que vai ocorrer no país, uma vez que o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (Ladetec) foi descredenciado pela AMA, em agosto deste ano, por falhas em exames antidoping.
Antes do descredenciamento, todos os exames de competições esportivas brasileiras – como os dos jogos de futebol da Taça Libertadores da América – e de países próximos (Argentina, Uruguai e Chile) eram feitos no Ladetec, que pertence ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio. No caso dos campeonatos de primeira e segunda divisões, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminha as análises de controle de dopagem a um laboratório de Bogotá, na Colômbia.
Para Marco Aurelio Klein, a falta do laboratório no Brasil representa um problema porque a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem se prepara para lançar um programa antidoping no país. “Temos planos de começar em 2014 um programa nacional antidopagem. Pela primeira vez, [teremos] um programa sistêmico de controle de dopagem, abrangendo todo o esporte brasileiro de ponta. Não ter o laboratório neste momento é um problema sério para nós.”
Para conseguir nova acreditação, os ministérios do Esporte e da Educação estão investindo na construção de um prédio e no reequipamento do laboratório, em frente ao local atual. O diretor disse que o Ministério do Esporte é responsável por 80% dos recursos que estão sendo aplicados na obra e o da Educação, pelo restante. De acordo com o ministério do Esporte, foram repassados à Universidade Federal do Rio de Janeiro, R$ 15,7 milhões.
Junto com o diretor do Ladetec, Francisco Radler, o diretor executivo da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, participou de uma reunião em setembro, na sede da AMA, em Montreal no Canadá, para discutir a situação do laboratório brasileiro. De acordo com Klein, ficou acertado que logo que as obras e as instalações dos equipamentos mais modernos estejam concluídas, o governo brasileiro pedirá o recredenciamento do Ladetec.
“O processo [nova acreditação] inclui visitas de acompanhamento, orientação e auditorias, além de uma sequência de testes que são feitos para avaliação da calibragem dos equipamentos, que é um processo técnico. Isso que foi combinado com a AMA é que nos permite dizer que estaremos com o novo laboratório acreditado em julho ou agosto de 2015”, esclareceu Marco Aurelio Klein. A previsão dele é usar o novo prédio do Ladetec durante os Jogos Olímpicos de 2016,
O diretor informou que, até lá, os exames de controle de dopagem serão feitos por laboratórios fora do país. “Estou conversando com outros laboratórios para ver qual pode nos atender e de preferência que seja em um país que tenha acordos de cooperação internacional com o Brasil, o que facilita bastante este tipo de operação”, informou.
A América Latina tem quatro laboratórios, o do México que foi acreditado este ano; um em Havana, em Cuba; o de Bogotá, na Colômbia, e o do Rio de Janeiro, no Brasil, que é o mais antigo. No Hemisfério Sul há apenas mais dois laboratórios, além do brasileiro. Um em Joanesburgo, na África do Sul e outro em Sidney, na Austrália. “O nosso, no momento, não está acreditado, mas será novamente”, completou Klein.
Rio de Janeiro - As análises para controle antidoping da Copa de 2014 poderão ser feitas em um laboratório, monitorado por satélite, a ser instalado no Rio de Janeiro em caráter temporário para atender à competição. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, do ministério do Esporte, prepara a proposta de instalação da unidade para apresentá-la à Federação Internacional de Futebol.
“Um laboratório que esteja acreditado monta uma operação por satélite no Rio de Janeiro para atender, especificamente, à Copa do Mundo. Essa operação precisa ser acertada com a Fifa e depois aprovada pela Agência Mundial Antidoping [AMA]”, esclareceu o diretor executivo da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Marco Aurelio Klein, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo o diretor, essa é a opção para fazer, no Brasil, os exames de sangue e de urina do Mundial de Futebol que vai ocorrer no país, uma vez que o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (Ladetec) foi descredenciado pela AMA, em agosto deste ano, por falhas em exames antidoping.
Antes do descredenciamento, todos os exames de competições esportivas brasileiras – como os dos jogos de futebol da Taça Libertadores da América – e de países próximos (Argentina, Uruguai e Chile) eram feitos no Ladetec, que pertence ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio. No caso dos campeonatos de primeira e segunda divisões, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminha as análises de controle de dopagem a um laboratório de Bogotá, na Colômbia.
Para Marco Aurelio Klein, a falta do laboratório no Brasil representa um problema porque a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem se prepara para lançar um programa antidoping no país. “Temos planos de começar em 2014 um programa nacional antidopagem. Pela primeira vez, [teremos] um programa sistêmico de controle de dopagem, abrangendo todo o esporte brasileiro de ponta. Não ter o laboratório neste momento é um problema sério para nós.”
Para conseguir nova acreditação, os ministérios do Esporte e da Educação estão investindo na construção de um prédio e no reequipamento do laboratório, em frente ao local atual. O diretor disse que o Ministério do Esporte é responsável por 80% dos recursos que estão sendo aplicados na obra e o da Educação, pelo restante. De acordo com o ministério do Esporte, foram repassados à Universidade Federal do Rio de Janeiro, R$ 15,7 milhões.
Junto com o diretor do Ladetec, Francisco Radler, o diretor executivo da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, participou de uma reunião em setembro, na sede da AMA, em Montreal no Canadá, para discutir a situação do laboratório brasileiro. De acordo com Klein, ficou acertado que logo que as obras e as instalações dos equipamentos mais modernos estejam concluídas, o governo brasileiro pedirá o recredenciamento do Ladetec.
“O processo [nova acreditação] inclui visitas de acompanhamento, orientação e auditorias, além de uma sequência de testes que são feitos para avaliação da calibragem dos equipamentos, que é um processo técnico. Isso que foi combinado com a AMA é que nos permite dizer que estaremos com o novo laboratório acreditado em julho ou agosto de 2015”, esclareceu Marco Aurelio Klein. A previsão dele é usar o novo prédio do Ladetec durante os Jogos Olímpicos de 2016,
O diretor informou que, até lá, os exames de controle de dopagem serão feitos por laboratórios fora do país. “Estou conversando com outros laboratórios para ver qual pode nos atender e de preferência que seja em um país que tenha acordos de cooperação internacional com o Brasil, o que facilita bastante este tipo de operação”, informou.
A América Latina tem quatro laboratórios, o do México que foi acreditado este ano; um em Havana, em Cuba; o de Bogotá, na Colômbia, e o do Rio de Janeiro, no Brasil, que é o mais antigo. No Hemisfério Sul há apenas mais dois laboratórios, além do brasileiro. Um em Joanesburgo, na África do Sul e outro em Sidney, na Austrália. “O nosso, no momento, não está acreditado, mas será novamente”, completou Klein.