Pequim/Hong Kong - O governo da China excluiu os aparelhos iPad e os laptops MacBook da Apple da lista de produtos que podem ser comprados com dinheiro público por questões de segurança, de acordo com funcionários do governo que têm conhecimento sobre o assunto.
Dez produtos Apple – incluindo iPad, iPad Mini, MacBook Air e MacBook Pro – foram omitidos da versão definitiva da lista de compras governamental distribuída em julho, segundo funcionários que a leram e solicitaram anonimato porque a informação é confidencial.
Os modelos estavam presentes em uma versão de junho da lista elaborada pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) e pelo Ministério das Finanças, disseram os funcionários.
A Apple é a mais recente empresa de tecnologia dos EUA a ser eliminada da lista de compras do governo chinês em meio a tensões crescentes entre os dois países devido a alegações de hacking e espionagem virtual.
A secretaria de aquisições da China disse aos departamentos que deixassem de comprar software antivírus da Symantec e da Kaspersky Lab e a Microsoft foi excluída de uma compra de computadores de baixo consumo de energia realizada pelo governo.
“Quando o governo deixa de comprar os produtos ele transmite um sinal para empresas e para órgãos semigovernamentais”, disse Mark Po, analista da UOB Kay Hian em Hong Kong.
“O governo chinês quer garantir que as empresas estrangeiras não tenham influência demais na China”.
Vendas na China
A Apple dependeu da Grande China para aproximadamente 16 por cento de seus US$ 37,4 bilhões em receita no último trimestre, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
As vendas de iPad no maior mercado do mundo aumentaram 51 por cento e as vendas de Mac aumentaram 39 por cento, disse o CEO Tim Cook no dia 23 de julho.
A análise minuciosa das empresas estrangeiras ocorre após as revelações feitas por Edward Snowden no ano passado sobre o programa de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA e o anúncio, em maio, de que cinco oficiais militares chineses foram indiciados por promotores dos EUA por supostamente terem roubado segredos corporativos.
Kristin Huguet, porta-voz da Apple, não quis comentar. O Ministério das Finanças e a NDRC não responderam imediatamente a mensagens por fax em busca de comentários sobre a lista de compras, que não inclui smartphones.
O registro se aplica a todos os departamentos centrais do Partido Comunista, aos ministérios do governo e a todos os governos locais, de acordo com os funcionários.
A próxima revisão da lista ocorrerá em janeiro, disseram. Produtos da Dell Inc., da Hewlett-Packard Co. e da fabricante chinesa Lenovo Group foram incluídos em ambas as listas, disseram os funcionários.
Microsoft e Google
Em maio a China disse que faria um exame minucioso das empresas de tecnologia que operam no país por potenciais violações da segurança nacional depois que o governo ameaçou retaliar o indiciamento nos EUA dos funcionários chineses.
As exclusões podem aumentar a pressão sobre as relações entre os EUA e a China, que estão tensas por causa das disputas territoriais entre a China e aliados dos EUA, como o Japão e as Filipinas, e por causa da competição econômica em todo o mundo.
Em maio a Microsoft disse que “se surpreendeu” ao saber que o sistema operacional Windows 8 foi retirado da lista de compras do governo. A agência oficial de notícias Xinhua disse que essa era “uma decisão para garantir a segurança dos computadores”.
Em julho, reguladores da China abriram um inquérito antimonopólio sobre a Microsoft e apreenderam computadores e documentos de escritórios em quatro cidades.
Microsoft, Google, Facebook e Apple têm sido criticadas pela mídia estatal por supostamente cooperar com um programa de espionagem dos EUA e em novembro a Qualcomm divulgou uma investigação relacionada à lei antimonopólio.
No mês passado, a Televisão Central da China, controlada pelo Estado, informou que os recursos do software presente no iPhone da Apple poderiam provocar o vazamento de segredos de Estado. A Apple negou essas afirmações.
- 1. 8 apps para fugir da espionagem do Obama
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O escândalo do programa de espionagem norte-americano PRISM mostrou que a privacidade na web não está sendo mais respeitada como deveria ser. Mas existem formas de contornar a espionagem e evitar essa invasão, usando diferentes aplicativos. Separamos dez deles, todos com funções que visam garantir seu anonimato na web e proteger tudo que você envia e recebe, como mensagens e dados. São aplicativos para Windows, Mac, Linux, Android e iOS, que você pode conferir na galeria a seguir.
- 2. Cryptocat
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Apesar de simples, este serviço de bate-papo não deixa de lado a segurança. O webware com visual 8-bits permite trocar mensagens criptografadas com outras pessoas, de forma que possíveis intrusos – a NSA, por exemplo – tenham bastante dificuldade para lê-las. Para usá-lo, é preciso primeiro instalar o plug-in para o navegador, que aparece assim que abrir a página do serviço. Depois, clique no ícone do Cryptocat, defina um nome para a sala de bate-papo e um codinome para você mesmo, clique em Conectar e pronto. Os outros participantes da conversa só precisam saber previamente o nome da sala de bate-papo para entrar. Dois pontos interessantes do Cryptocat: as conversas são criptografadas em tempo real e os registros são apagados assim que todo mundo sai da sala de bate-papo.
Acesse o Cryptocat pelo Downloads INFO - 3. TorBrowser Bundle
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Vários programas e aplicativos prometem esconder sua localização na web, mas o projeto Tor é especialista nisso. Parte dele, o TorBrowser Bundle já traz tudo pronto para ser usado facilmente. É preciso apenas descompactar o pacote ZIP que vem no download para começar a navegar anonimamente, com sua localização mascarada por meio de vários servidores ao redor do mundo. Baseado no Firefox, o navegador TorBrowser já vem com dois plugins pré-instalados. São eles o HTTPS Everywhere, que ativa o HTTPS sempre que possível, e o NoScript, que libera JavaScript, Java e outros complementos apenas em sites de sua confiança. Além disso, o browser roda com o Vidalia Control Panel no fundo. Esse painel de controle permite alterar sua “identidade” na web e traz algumas informações sobre o uso de banda, a situação da rede e mais.
Baixe o TorBrowser Bundle para Windows Baixe o TorBrowser Bundle para Mac Baixe o TorBrowser Bundle para Linux - 4. DuckDuckGo
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Entre as empresas que supostamente colaboram com o programa de espionagem PRISM, estavam o Google e a Microsoft, donas das maiores engines de pesquisa na web. Para fugir do “rastreamento” feito pelos sites de ambas de busca, uma boa alternativa é usar o DuckDuckGo. Esse webware de pesquisas tem foco no anonimato, e não deixa nenhum tipo de histórico salvo na rede. Ele promete não rastrear o usuário na internet, o que evita que os resultados de buscas futuras sejam influenciados por pesquisas anteriores – ao contrário do que faz o Google, por exemplo. Além disso, o DuckDuckGo traz uma série de ferramentas úteis, como calculadoras e buscas direto no YouTube, que podem facilitar a vida do usuário na hora de encontrar algo.
Acesse o DuckDuckGo - 5. HTTPS Everywhere
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Este completamento para Firefox e Chrome (presente nativamente no TorBrowser) tem como objetivo tornar sua navegação pela web mais segura. Com ele instalado e ativado, o protocolo HTTPS terá sempre a preferência quando você abrir um site qualquer. Vários endereços já oferece a possibilidade de navegar dessa forma. No entanto, a dificuldade de uso faz com que, por padrão, o HTTP comum predomine. O HTTPS Everywhere acaba corrigindo esse problema “na marra”, forçando as conexões seguras em páginas como Facebook, Twitter, Google e portais da Wikimedia Foundation, por exemplo.
Baixe o HTTPS Everywhere para Firefox pelo Downloads INFO Baixe o HTTPS Everywhere para Chrome pelo Downloads INFO - 6. TextSecure e RedPhone
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Gratuitos e para Android, o TextSecure e o RedPhone são dois aplicativos que levam a criptografia às ligações e mensagens do smartphone. Ambos se mostram como boas armas para proteger sua privacidade. O primeiro deles, como o nome sugere, é voltado apenas para mensagens de texto. Ele substitui a “central de SMS” padrão do Android, e permite que você até mesmo importe tudo que já está na memória do telefone. Com ele instalado, dá para trocar textos criptografados com outras pessoas que também o tenham no smartphone. Já o segundo app, o RedPhone, criptografa ligações feitas entre dois usuários com smartphones que o tenham instalado. O aplicativo apresenta um discador levemente diferente do padrão do Android e exibe toda a sua lista de contatos. Nela, basta dar um toque na pessoa para quem você quer ligar para que o app detecte se ela tem ou não o RedPhone instalado e continue a ligação.
Baixe o TextSecure para Android pelo Downloads INFO Baixe o RedPhone para Android pelo Downloads INFO - 7. Redact e ChatSecure
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Assim com no Android, opções para envio de mensagens criptografadas também não faltam no iOS. O Redact e o ChatSecure são duas delas. O primeiro é talvez o mais extremo, e apresenta diversas medidas para evitar que os textos enviados e recebidos sejam interceptados por terceiros. Além de um código PIN protegendo a central de mensagens, ele as envia direto de um aparelho para outro, como em um serviço Peer to Peer. Há ainda um botão Redact, que apaga os textos no aparelho do destinatário e no do remetente. Já o ChatSecure é mais “básico”, e funciona mais ou menos como um mensageiro instantâneo. Ele agrega contas de diversos serviços, sendo compatível com o protocolo Jabber (XMPP), com Google Talk (agora Hangouts) e mais. As conversas feitas com outras pessoas usando apps semelhantes (como o Pidgin) têm a privacidade garantida pelo protocolo de criptografia Off-the-Record. Além disso, o histórico de mensagens é apagado sempre que o app é fechado.
Baixe o Redact para iOS pelo Downloads INFO Baixe o ChatSecure para iOS pelo Downloads INFO - 8. Pidgin e Adium
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Da mesma forma que o ChatSecure, do iOS, Pidgin (Windows e Linux) e Adium (Mac) funcionam também com agregadores de mensageiros instantâneos. Eles colocam seus contatos do Skype, do Hangouts e de diversos outros serviços protocolos (Jabber incluso) em uma só interface simples, e promete conversas bem mais seguras. A privacidade é garantida também pelo protocolo de criptografia Off-the-Record, que, claro, precisa ser ativado nas configurações de ambos os programas. Além de mais protegidas, as conversas podem ser organizadas em apenas uma janela, divididas em abas. Como os programas “conversam” bem com diferentes clientes, é possível ainda enviar e receber arquivos normalmente. O Pidgin tem versões nativas apenas para Windows e Linux. Se você estiver usando um Mac, pode utilizar o Adium, que é praticamente idêntico.
Baixe o Pidgin para Windows pelo Downloads INFO Baixe o Pidgin para Linux pelo Downloads INFO Baixe o Adium para Mac pelo Downloads INFO - 9. Agora veja seis aplicativos testados por EXAME.com nesta semana:
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