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Governo brasileiro espera resposta dos EUA sobre espionagem

Rio de Janeiro - O governo espera uma resposta satisfatória dos Estados Unidos para as denúncias de espionagem aos cidadãos brasileiros antes da visita oficial que...

Dilma (Reuters)

Dilma (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.

Rio de Janeiro - O governo espera uma resposta satisfatória dos Estados Unidos para as denúncias de espionagem aos cidadãos brasileiros antes da visita oficial que a presidente Dilma Rousseff fará a Washington no dia 23 de outubro próximo, afirmaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

"A viagem aos EUA está mantida e nós continuaremos desenvolvendo um diálogo específico com os Estados Unidos sobre essa questão das alegações de espionagem no seu canal apropriado", afirmou hoje o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota em declarações aos jornalistas.

O chanceler, que recentemente classificou como "insatisfatórias" as explicações dadas pelos Estados Unidos, afirmou que o Brasil espera receber os esclarecimentos antes da visita oficial de Dilma a Washington, onde será recebida pelo presidente Barack Obama. "Esperamos avançar mais antes da viagem. Ainda temos muitas semanas e meses", afirmou.

Patriota garantiu que o assunto também será abordado na reunião marcada para a próxima terça-feira em Brasília com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry. O principal objetivo da visita de Kerry ao Brasil seria a preparação da viagem da presidente Dilma, mas as denúncias feitas pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, sobre uma rede de espionagem global levaram a uma modificação na agenda. "É um tema que não pode deixar de figurar na agenda bilateral entre Brasil e Estados Unidos neste momento", afirmou o chanceler.

"E, até como ficou demonstrado em Nova York, já inscrevemos o assunto na agenda em nível multilateral." Patriota se referiu às denúncias de espionagem dos EUA que os chanceleres dos países do Mercosul inscreveram na agenda multilateral na segunda-feira passada em reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

[quebra]

Patriota também afirmou que o Mercosul, através da presidente argentina, Cristina Kirchner, inscreveu o assunto no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os protestos dos países latino-americanos se intensificaram depois que o jornal "O Globo" revelou documentos que mostram que a rede de espionagem denunciada por Snowden tinha se expandido por toda a região, com foco especial no Brasil, México e Colômbia.

Em uma primeira resposta às queixas do Brasil, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, telefonou para Dilma para propor que uma delegação brasileira visite os EUA e conheça os detalhes técnicos e políticos dos programas de vigilância desse país.

Dilma transmitiu então a Biden sua "grande preocupação" com "a violação da privacidade de brasileiros e de instituições do Estado brasileiro". 

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