Gigante de buscas na internet, Google se junta à operadora Verizon para elaborar proposta de neutralidade na rede (.)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2010 às 18h54.
São Paulo - Os presidentes-executivos da gigante de buscas Google, Eric Schmidt, e da operadora de telecomunicações Verizon, Ivan Seidenberg, apresentaram nesta segunda-feira (9) uma proposta para parlamentares norte-americanos, pedindo a criação de leis que previnam o bloqueio de websites ou atrasem o acesso a conteúdos na internet por parte de provedores de serviços de telecomunicações.
A proposta pede a adoção de políticas relacionadas ao gerenciamento de tráfego na internet, visando a neutralidade da rede. As sugestões, entretanto, não se aplicariam aos provedores de internet em redes de telefonia celular, segundo informa o The Wall Street Journal. O motivo da exceção seria que o mercado móvel tem outro comportamento, por ser mais competitivo e mudar mais rapidamente.
O documento, na verdade, trata-se de uma atualização de uma lista de princípios publicada em outubro do ano passado e encaminhada em janeiro deste ano à Comissão Federal de Comunicações (FCC) - órgão com função análoga à da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no Brasil. No fim da semana passada, a FCC anunciou ter interrompido negociações que mantinha com o mercado a respeito da administração do tráfego de dados na internet, após vazar a informação de um suposto acordo fechado entre o Google e a Verizon.
Em posts publicados nesta segunda-feira nos blogs oficiais de ambas as companhias, Alan Davidson, diretor de políticas públicas do Google, e Tom Tauke, vice-presidente de assuntos públicos da Verizon, explicam que as empresas guiam-se por dois objetivos principais na proposição dos princípios pela neutralidade da rede.
O primeiro diz que "o usuário deve escolher quais conteúdos, aplicativos ou dispositivos usar, uma vez que a liberdade tem sido fundamental para a explosiva inovação que fez da internet um meio de transformação". O segundo aspecto geral defendido conjuntamente pelas companhias diz: "Os Estados Unidos devem continuar a encorajar investimento e inovação para apoiar a infraestrutura básica de banda larga; isso é imperativo para nossa competitividade global".
O documento assinado pelas duas empresas pode ser consultado neste link.
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